Na manhã desta terça-feira (4), o Ministério Público junto a Polícia Civil cumpre um mandado de busca e apreensão na sede da Cervejaria Backer, localizada em Belo Horizonte (MG). As primeiras informações são de que o principal intuito da ação é reunir documentos da empresa que servem como prova na produção do inquérito policial.
A Justiça de Defesa do Consumidor da área criminal solicitou à Justiça que expedisse o mandato. O pedido foi aceito e o mandado foi expedido pela Vara de Inquéritos Policias de Belo Horizonte.
Após a entrega do Relatório do Ministério da Agricultura (MAPA), novas irregularidades na produção da cervejaria foram levantadas. Por isso, a 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor solicitou ao Poder Judiciário que por precaução permitisse a busca e apreensão dos documentos na empresa. Os mesmos serão analisados.
No dia 18 de abril, um dos produtos produzidos pela fábrica fez a décima vítima. Marco Aurélio Cotta, de 65 anos, morreu por intoxicação da cerveja Belorizontina.
Caso Bakcer
O “Caso Backer” começou quando vários consumidores da cerveja Beloorizontina, produzida pela cervejaria Backer, foram internados por intoxicação, desenvolvendo em seguida uma síndrome que causou cegueira ou paralisação facial em algumas dessas pessoas e morte de um desses consumidores. Os primeiros casos surgiram em janeiro deste ano.
A necropsia e laudos toxicológicos das vítimas fatais indicaram que a intoxicação por Dietilenoglicol, líquido claro e sem odor que pode causar insuficiência renal, dentre outras doenças, foi a principal causa das mortes. Uma perícia realizada na fábrica constatou o vazamento em um dos tanques usados para a produção de cerveja e outros focos de contaminação.
Dez pessoas morreram pela mesma contaminação até o momento, duas delas no mês de julho. Além das mortes, outras inúmeras vítimas apresentaram lesões graves e gravíssimas.