Não é segredo para ninguém que Ouro Preto tem basicamente duas estações: frio e chuva. Isso quando não acontece de acontecer os dois ao mesmo tempo no mesmo dia.
Brincadeiras à parte, é assustador o despreparo que nossos governantes municipais tratam do assunto, sendo o Morro da Forca o maior símbolo de tal despreparo.
O dia 13 de janeiro do ano passado ficou para a história como o triste fim do Casarão Baêta Neves, e, que por pouco, não atingiu nenhum transeunte no momento da queda.
Vejam só, faz um ano deste lamentável episódio e praticamente nada foi feito. Voltaram as chuvas e os arredores do local estão, de novo, isolados, dando um ar de descaso para resolução deste problema.
Não obstante, vemos de novo a Curva do Vento sofrer desmoronamento, mesma coisa na Rua Padre Rolim, trazendo um caos ao já difícil trânsito da cidade. Há relatos de moradores esperando cerca de 3 horas para conseguir sair do São Cristóvão e chegar em Saramenha.
Tudo isso que relato aconteceu há um ano, agora vemos tudo novamente graças a falta de manutenção dada aos locais de maneira séria durante o período de estiagem.
Não podemos ainda nos esquecer dos moradores do Taquaral, abandonados pelo poder público a mais de um ano, quando muitas residências foram embargadas (corretamente) pela defesa civil.
Até quando vamos ver as autoridades se comportarem com amadorismo quando é para resolver os problemas da maior parte dos moradores periféricos de Ouro Preto? Será que ainda não perceberam que o município vai além do centro histórico?
Nada justifica tamanho descaso, não é possível culpar São Pedro ou a estrutura geológica local quando sobram terras firmes para os donos do poder, como observamos facilmente nos luxuosos condomínios que estão saindo do forno.
Por que não tem terra segura para os filhos dos trabalhadores que são obrigados a viver em moradias inseguras nos morros? Até quando vamos ver o município agir com frieza quando é para resolver os problemas dos pobres?
Essas são algumas das questões que inauguram nossa coluna em 2023, já que pelo visto, os mesmos problemas seguem castigando a nossa tão rica, mas tão pobre cidade patrimônio mundial…