O colapso do planeta parece que é uma realidade irreversível.
O homem, diante da sua condição de caçador, líder nato, o condutor e mola inteligível da criação, se faz dono e detentor de “poderes” capazes de transformar maleficamente o bom e o bem há muito destinado a todos.
O bem-estar da coletividade deixou de ser um universo da maioria para virar mercadoria, escambo, objeto barato de barganha entre a inescrupulosidade de alguns e as necessidades inalienáveis da maioria.
Viver uma tensão dicotômica é se perceber desprovido de recursos que visem à transformação e mudança estrutural.
“Nada é permanente, exceto a mudança”. (Heráclito)
Mesmo diante da patologia social premente, ações benéficas e de cunho político social parecem salvaguardar o que Aristóteles já dizia: “A política não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça”, é a história gritando por socorro, retornando a sua gênesis e lutando por desenterrar a esperança há muito perdida e sepultada.
Reconhecer em cada elemento humano a força propulsora que permite o deslocamento do pêndulo para a igualdade de muitos e solidariedade coletiva é e será o grande desafio por ser alcançado, lutado e debatido.
“A esperança é o único bem comum a todo os homens, aqueles que nada mais têm – ainda a possuem”. (Tales de Mileto)