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Dor no pescoço – quando devo me preocupar?

23/01/2020 às 16:58
Tempo de leitura
4 min

Muitas pessoas já acordaram com o pescoço literalmente travado.

O torcicolo, quando você sente seu pescoço travado e com dor, é algo frequente. Mas quando essa dor no pescoço pode ser algo mais e que deveria trazer preocupação?

O torcicolo ocorre quando passamos muito tempo em uma postura errada, com os músculos da região contraídos.

Os músculos do pescoço se contraem de forma intensa, como mecanismo de proteção. O tratamento deverá iniciar imediatamente, para que o quadro melhore.

Mas quando a dor no pescoço pode ser mais que somente um torcicolo?

Torcicolo

Também conhecido como pescoço travado, comum após uma noite dormida em uma posição errada, por exemplo.

Se você pensou em massagens ou alongamentos bruscos para tratamento do torcicolo, pense melhor.

Essas ações bruscas podem piorar o problema, pois o organismo pode encará-las como agressões, portanto é importante buscar o tratamento correto.

Portanto, busque uma massagem leve, relaxamento muscular, alongamentos suaves, bolsas de água quente, pois essas são boas opções para o tratamento do torcicolo.

Para pessoas que possuem torcicolo repetidamente, é necessário investigar o que causa essa contração excessiva e inadequada dos músculos do pescoço.

Quando devo me preocupar?

A maioria das dores na região cervical, que envolve o pescoço, ocorre devido a entorses menores, má postura, ou uso inadequado de tablets e smartphones.

A recuperação completa, sem novos sintomas, ocorre na maioria dos casos (mais de 90%).

É necessário paciência para a completa recuperação.

Quando ocorre a dor crônica, ou seja, dor na região que se estende por mais de 3 meses, é necessário buscar um profissional médico.

Além disso, se essa dor vier acompanhada de outros sintomas, como fraqueza nos braços, formigamento ou agulhamento (sensação de pontadas) nos braços, é sinal que você também deve buscar um profissional médico.

Outros tipos de dores cervicais

Além do torcicolo, outros tipos de dores podem acometer a região cervical.

Doenças Degenerativas

Conhecida também por espondilose cervical, ocorre pelo desgaste dos discos entre as vértebras cervicais.

Geralmente acomete pessoas de mais idade e são necessários exames de imagem (tomografia ou ressonância) para se observar como estão os discos entre as vértebras.

Muitas vezes, as pessoas podem apresentar esse desgaste sem apresentar dor, depende muito do caso. Portanto, é sempre bom buscar orientação médica.

Radiculopatia Cervical

Ocorre por pressionamento de algum nervo cervical. Resulta em dormência dos braços ou agulhamento.

Também é um caso no qual deve se buscar orientação médica.

Tratamento

A grande maioria dos casos de dor é resolvida com analgésicos, anti-inflamatórios.

Massagens leves também podem ajudar, mas é importante que não sejam bruscas e intensas, uma vez que essas podem piorar o quadro.

Após sair do quadro de dor, é importante considerar incluir exercícios de fortalecimento e de melhora da postura, justamente para evitar novos quadros de dor.

De acordo com Helder Montenegro, presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna, e também CEO do ITC VERTEBRAL temos que proteger nossa coluna e exercícios de fortalecimento para a musculatura da coluna são muito importantes.

Busque um profissional qualificado que possa auxiliar e acompanhar uma série de exercícios para fortalecimento da musculatura cervical.

Dicas para evitar dores cervicais

  • Cuidado com a postura. A maior causa de dores cervicais é a postura errada, mantida por horas. Portanto, sente-se adequadamente, mantendo a coluna ereta e os ombros para trás. Se for trabalhar em um computador, ajuste o monitor para que você não precise se curvar;
  • Não ande olhando para o celular. Isso faz com que você curve o pescoço e abaixe a cabeça desnecessariamente, colocando tensão na região cervical;
  • Para as mulheres, não use bolsas pesadas colocadas sobre um único ombro. Não há necessidade de carregar tanto peso. Caso vá carregar mais coisas, opte por uma mochila e coloque as duas alças, dividindo melhor o peso sobre as costas;
  • Faça pausas e alongamentos;
  • Invista em exercícios de fortalecimento para a musculatura da coluna;
  • Procure ajuda de um médico ortopedista, buscando um diagnóstico preciso e invista em sessões de fisioterapia.
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