Os Estados Unidos formalizaram a autorização para indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, para ser o embaixador do Brasil em Washington, capital do país.
O aval foi oficializado na quinta-feira (8) por meio de um comunicado de resposta à solicitação enviada pelo presidente à Casa Branca. A aprovação já era esperada e foi dada como certa quando, há alguns dias, o presidente americano Donald Trump fez elogios ao deputado.
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Segundo uma fonte do governo brasileiro, junto com o comunicado dos EUA, também veio uma nota de Trump, escrita à mão, na qual o presidente americano afirmou que mal pode esperar para trabalhar com Eduardo.
Já na a manhã desta sexta-feira (9), Bolsonaro indicou que deverá enviar o nome de seu filho ao Congresso no início da semana que vem. No entanto, antes de assumir o posto de embaixador, o deputado precisará passar por uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores no Senado. Logo após a sabatina, o colegiado submeterá a indicação à votação secreta. Seja qual for o Independentemente da aprovação ou rejeição da indicação nessa comissão, os senadores precisarão, ainda, referendar o resultado, também em voto secreto com maioria simples.
Donald Trump elogiou Eduardo Bolsonaro
As aprovações dadas às indicações de embaixadores, também conhecidas como “agrément”, normalmente são feitas de maneira sigilosa, a fim de evitar constrangimentos.
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No entanto, Bolsonaro e Donald Trump contrariaram o costume e trataram do assunto publicamente. Logo depois, no fim de julho, Trump teceu elogios a escolha de Eduardo para a representação diplomática. “Conheço o filho dele, e eu considero que o filho dele é extraordinário, um jovem brilhante, incrível, estou muito feliz pela indicação“, disse o presidente americano.
Além disso, Donald Trump ainda afirmou que não considera a indicação como nepotismo. “Não, eu não acho que é nepotismo porque o filho ajudou muito na campanha. O filho dele é extraordinário, ele realmente é“, enfatizou.