Finanças pessoais, recursos escassos e necessidades ilimitadas: Ano novo… Finanças novas!?

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Quero enfatizar que não busco conceder conselhos para que você leitor, possa investir e ficar rico. Meu propósito não é apresentar ativos financeiros rentáveis e confiáveis (outros analistas podem fazer isso muito bem!). Desejo compartilhar pequenas dicas cotidianas que lhe ajude a gastar melhor os seus recursos financeiros, para quem sabe no futuro você possa investir e aumentar seu patrimônio familiar, umas opções ao se poupar.

A economia enquanto ciência possui a escassez como seu objeto de estudo (toda ciência possui um objeto de estudo). No âmbito econômico os recursos escassos podem ser os mais variados: O já tradicional recurso financeiro; o recurso natural; o recurso humano (prefiro chamar de pessoas), dentre outros. Sendo a família um agente econômico relevante, é possível pensar economicamente as finanças pessoais/familiar! As famílias (grande parte das famílias brasileiras) vivem a limitadora realidade da restrição orçamentária, por isso é necessário “gastar bem”.

Finanças pessoais, recursos escassos e necessidades ilimitadas: Ano novo… Finanças novas!?
Imagem ilustrativa

A seguir compartilho algumas dicas relevantes para a formação de poupança ou mesmo a elevação de consumo (consciente) em outras áreas (poupa-se também para se gastar melhor em outras áreas de nossas vidas). Gostaria de sinalizar também, que o esforço de “gastar bem” pode nos ajudar na formação de poupança para que possamos exercer a solidariedade doando recursos para diversas atividades de impacto social ou mesmo para pessoas necessitadas.

Elaboração de um orçamento:

Um passo inicial, importante para se pensar na gestão das finanças pessoais e familiar é a organização dos gastos e ganhos futuros em um orçamento. Orçamento é uma espécie de ferramenta de gestão que nos ajuda a projetar os gastos futuros, tendo por base uma determinada receita financeira. Lembrando de que todo e qualquer gasto precisa ser orçado a partir dos ganhos e não dos gastos propriamente ditos. 

Necessário x Não-necessário:

Essa segunda dica diz respeito a análise madura no sentido de avaliar se aquele gasto é necessário ou pode esperar. Obviamente caro leitor, não é tarefa fácil parametrizar aquilo que é necessário ou não para as pessoas-consumidoras. De repente, a compra de uma roupa, tendo tantas outras no armário possa esperar, ou mesmo a aquisição de um determinado livro em promoção (sem estar no horizonte de leitura no curto prazo) sem ter lido vários outros comprados, também possa esperar. Por isso, disse que essa análise precisa ser madura e racional, mas muitas vezes o modismo “empurra” as pessoas ao consumo não-reflexivo.

Fazer compras no mercado sem fome:

Parece ser uma dica aparentemente banal ou até mesmo sem nexo. Porém, está bem alimentado antes de efetuar as compras para o consumo familiar é estratégico para que a fome não seja o “motor” das aquisições. Já fez compras com fome? Eu já! Dá aquela vontade de sair comprando tudo para comer. A mesma lógica se aplicaria aos restaurantes classificados como self-service (autosserviço): A tendência é que quanto maior a fome, maior o prato/gasto!

Registro dos gastos:

O registro é necessário para que possamos melhor nos conhecer em relação a qualidade dos nossos gastos. Sem registro teremos muita dificuldade em analisar nossos gastos. Existem algumas formas de registro possíveis: Em aplicativos, em planilhas eletrônicas no computador ou de forma manual mesmo, em um caderno. Confesso que o registro em aplicativo é mais dinâmico, tendo em vista a rotina cotidiana de muitos ser acelerada.

Análise dos gastos:

Um passo seguinte ao registro é a análise dos gastos! O registro dos gastos não é um fim em si mesmo, mas um meio para que possamos melhor conhecer em que estamos gastando e no que podemos gastar menos para poupar. Essa análise de gastos pode ser diária, semanal ou mesmo quinzenal. Lembrando: Quanto mais ampliado for o período de análise dos gastos, mais tempo você perderá para efetuar o alinhamento necessário, caso for o seu caso.

Diálogo aberto com familiares:

Caso o alinhamento dos gastos seja necessário, é vital que tal questão seja levada aos demais familiares. O diálogo aberto com a família é importante para que todos – em seu respectivo nível de compreensão – possam se engajar nesse projeto de poupar, tornando-o coletivo. Cortar gastos de forma unilateral e autoritária tende a acirrar o ânimo familiar! Vamos investir primeiro no diálogo?

Elaboração de meta para poupança:

Vinculado ao tópico anterior, a construção coletiva/familiar de uma meta para a formação de poupança seria interessante. Poupar para quê? Viajar, trocar de veículo, comprar uma televisão, aumentar o consumo em lazer, investir em ativos financeiros ou mesmo pagamento de dívidas. No diálogo aberto com familiares no sentido de alinhar o fluxo de gastos, a lógica do estabelecimento de metas poderia ser introduzida, inclusive como forma de engajar as pessoas nessa proposta.

Renegociação de dívidas:

A renegociação de dívidas é um passo estratégico para se poupar. Como assim? Todo endividamento vencido possui uma despesa financeira que chamamos de juros. Conforme essa dívida vencida vai avançando no tempo, mais caro fica, pois, os juros se elevam com a condição de inadimplente (em geral). Renegociar dívidas ajuda a poupar na medida em que se deixa de pagar mais juros (despesa financeira) aos credores.

Nesse tópico é importante mencionar que é possível poupar para antecipar ao tempo presente dívidas onerosas que vão vencendo ao longo do tempo, por exemplo: Financiamento de veículos, imóveis, cartões de créditos… (Mas essa análise precisa ser cuidadosa, pois, pode ser mais viável maximizar recursos monetários investindo em ativos financeiros do que antecipar dívidas onerosas de longo prazo).

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Controle residencial do consumo:

Esse item também é importante, mas confesso que não quero ser chato! O controle residencial do consumo diz respeito a tudo aquilo que pode ser considerado desperdício no cotidiano e pode ser eliminado. Por exemplo: luz elétrica acesa sem uso de cômodos; desperdício de água ao lavar louças; banhos prolongados, que consomem água e energia elétrica; eletrônicos no stand-by; o próprio alimento desperdiçado (por projeção equivocada), dentre outros.

É importante reforçar que esse controle ou eliminação de gastos não deve atingir o consumo de elementos do cotidiano orientados para o bem-estar familiar, mas tudo aquilo que é avaliado como desperdício. Poupar no consumo residencial nos ajuda a canalizar recursos financeiros em outras frentes da vida familiar (lazer, alimentação…).

Cartão de crédito: use com moderação:

Particularmente não sou daqueles que possuem uma visão negativa dos cartões de crédito. O decisivo nesse ponto será sempre o ser humano por trás do uso do cartão: Suas necessidades, seus desejos… O cartão que nos concede um crédito a ser vencido no futuro precisa ser usado com moderação. Não podemos confundir essa ferramenta facilitadora do consumo como “dinheiro em caixa”.

Todo consumo mediado por cartões de crédito nada mais é do que uma espécie de “comprometimento de recebíveis”, ou seja, estou consumindo hoje algo a partir do comprometimento de um valor que sequer recebi, as custas de juros, a remuneração do capital financeiro. Dica: Cartão de crédito, em tese deve ser utilizado para consumo de itens com preço estendido, por exemplo: Geladeira, fogão, máquina de lavar etc. Ou mesmo para financiar emergências não cobertas por nosso orçamento mensal: Remédios, gás de cozinha etc. Ficaria vetado, ao menos em tese, o financiamento do consumo mensal fixo com cartão de crédito como em alimentação (apenas em casos emergenciais e ao final do mês!).

No mais…

“Dinheiro não dá em árvore”, já diz o ditado popular recheado de sabedoria econômica. O dinheiro enquanto um intermediador de trocas nas relações comerciais é escasso na medida em que não possuímos (em geral) recursos monetários suficientes para satisfazer todas as nossas necessidades. Por isso, o gasto familiar precisa ser racional e planejado no sentido de evitar desperdícios. Ano novo… Finanças novas!?

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