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Invasão, promessas e carrasco: a semana do Cruzeiro

02/10/2019 às 12:30
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4 min

O Cruzeiro vive um dos piores momentos da sua história. Com problemas financeiros, recorrentes trocas de técnicos, investigado na justiça e na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, estando três pontos e duas vitórias atrás do Fluminense, primeiro time fora do Z4. E, como já era de se esperar, a torcida se revoltou com a situação do clube. Isso resultou numa invasão, na tarde de ontem (1), a Toca da Raposa 2, centro de treinamento do time profissional do Cruzeiro, feita pela Máfia Azul, maior torcida torcida organizada do time. Toda a ação foi transmitida em lives nas redes sociais.

Os torcedores invadiram a Toca num grupo com cerca de 30 pessoas, soltando foguetes e exigindo falar com os jogadores. Alguns dos atletas e o treinador Abel Braga conversaram com os membros da organizada. Apesar dos ânimos exaltados e da invasão, a conversa foi pacífica. A Polícia Militar foi chamada para retirar os invasores.

Veja o momento da invasão:

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Declarações de Abel Braga

Abel Braga falou sobre a invasão em coletiva e afirmou que entende os torcedores, movidos por paixão: “O que ocorreu hoje aqui no Cruzeiro foi nada mais do que paixão. Uma paixão por um momento que, se nós não sairmos dele, vamos criar um fato inédito, que é ver o Cruzeiro na Segunda Divisão”.

O novo treinador celeste afirmou que a conversa foi pacífica: “Não estamos aqui para ficar contestando nada. A gente conversou da melhor maneira possível, de forma educada. Eles no auge da emoção. Expuseram para mim e para os atletas aquilo que eles tinham vontade. Sem ofender, sem agredir. Falei para eles que não era a melhor maneira, que a melhor maneira é se combinando alguma coisa para fazer, porque teve que paralisar um treinamento que estava correndo. Isso não é bom. Não é bom ficar brigando com torcida. A torcida é toda azul”.

Após a derrota por 1 a 0, para o Goiás, Abelão já tinha prometido sai dessa situação com o Cruzeiro. “Nós nos colocamos nessa situação, e nós vamos sair. Sei que o torcedor não está contente com o resultado, mas está contente com a postura que viu da equipe. Mas a produção anima. Anima, porque eu acho que todos nós entendemos aquilo que necessitamos. Nós sabemos”, disse o treinador, na ocasião.

Veja, na íntegra, a coletiva de Abel Braga:

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Carrasco pela frente

Para começar a esboçar uma reação no Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro terá um páreo duro pela frente. No sábado, às 21h, o time celeste enfrenta o Internacional, carrasco do clube em 2019. Até aqui foram três partidas entre as equipes, com três vitórias coloradas. Uma pelo Brasileirão e duas pela semifinal da Copa do Brasil. O segundo jogo, inclusive, foi um passeio colorado. A partida terminou em 3 a 0 para o Colorado sobre time mineiro, comandado ainda por Rogério Ceni, na ocasião. Nos três jogos contra o rival gaúcho, o Cruzeiro levou sete gols e fez apenas um.

O rival é duro e mesmo jogando em casa, a partida será difícil para o Cruzeiro. Mas, apesar de tudo, só a vitória interessa. Uma derrota poderia ser desastrosa e deixar o time celeste muito longe de sair da zona de rebaixamento. Segundo estatísticos, hoje, a Raposa tem 62,5% probabilidades de queda, menos somente que Chapecoense e Avaí. O CSA, mesmo estando atrás do time celeste na tabela, tem 60,5% de chances de queda.

Veja também: Balanço – a passagem de Rogério Ceni pelo Cruzeiro

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