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Julgamento da Tragédia de Mariana em Londres chega ao fim nesta quinta-feira

Julgamento da Tragédia de Mariana em Londres chega ao fim nesta quinta-feira
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Teve fim, nesta quinta-feira, o julgamento em Londres contra a mineradora australiana BHP pela tragédia da barragem de Mariana, ocorrida em 2015. O processo envolve mais de 630 mil pessoas que reivindicam indenizações pelos danos causados pelo desastre. A decisão será anunciada nos próximos meses, mas o caso já é considerado um dos maiores litígios ambientais da história do Reino Unido.

Os atingidos buscam aproximadamente R$ 268 bilhões em reparação por prejuízos ambientais, sociais e econômicos. Eles recorreram à Justiça Britânica devido à insatisfação com o andamento das ações no Brasil, onde as mineradoras envolvidas, BHP e Vale, enfrentam processos há anos sem que haja uma solução definitiva. Além dos atingidos individuais, municípios, empresas e instituições também fazem parte da ação coletiva.

O rompimento da Barragem de Fundão ocorreu no dia 5 de novembro de 2015, liberando cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. O desastre provocou a morte de 19 pessoas, destruiu comunidades inteiras como Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, e contaminou a bacia do Rio Doce, atingindo centenas de cidades em Minas Gerais e Espírito Santo. O impacto ambiental se estendeu até o litoral capixaba, causando danos irreparáveis à fauna e flora da região.

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A BHP argumentou no tribunal que os atingidos já possuem mecanismos legais para serem compensados no Brasil e que a ação britânica seria desnecessária. No entanto, os advogados das vítimas sustentam que as reparações no país são insuficientes e demoradas. Para eles, a Justiça britânica pode ser uma alternativa mais eficaz para garantir indenizações justas e abrangentes.

O caso segue com grande repercussão internacional e pode estabelecer um precedente para futuras ações judiciais contra multinacionais que operam fora de seus países de origem. A expectativa agora é pelo anúncio da decisão, que pode representar um novo capítulo na busca por justiça para os atingidos da maior tragédia ambiental do Brasil.


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