A novela que se tornou o cenário político de Mariana ganhou novos capítulos. O candidato eleito em 2020, Celso Cota, está com seus direitos políticos impugnados e tenta reversão na Justiça. O caso, em terceira instância, seria julgado na quinta-feira, 10 de fevereiro, pelo Tribunal Superior Eleitoral, porém o julgamento foi novamente adiado por falta de conexão com o computador da Ministra Carmen Lúcia. Assim, não houve quórum integral necessário para que o caso fosse julgado. A nova data para o julgamento do caso no TSE é o dia 24 de fevereiro (quinta-feira).
Essa é a segunda vez que o caso é adiado no TSE. Em novembro de 2021, Tribunal tratou do caso em sua terceira instância, tendo o relator, Ministro Exmo Sr. Dr. Sérgio Banhos votando contrário ao reconhecimento dos direitos políticos de Celso. Porém, o Ministro Alexandre de Moraes pediu vista e, assim, uma outra data foi escolhida para continuar a votação.
Se a maioria dos votos seguirem o voto do relator, Mariana terá uma nova eleição para definir quem será o prefeito da cidade. Caso aconteça o contrário, Celso Cota assume o cargo.
Celso Cota já foi prefeito de Mariana três vezes e teve o seu quarto mandato impedido, após uma derrota na Justiça Eleitoral municipal, após a Juíza da 171ª Zona Eleitoral indeferir o pedido de registro de sua candidatura à Prefeitura Municipal.
A ação de impugnação da candidatura de Celso Cota foi impetrada na Justiça pela Coligação Participação e Confiança, pelo Partido Democrático Trabalhista – PDT e pelo Ministério Público Eleitoral.
De acordo com a sentença, o ex-prefeito de Mariana foi condenado em ação de improbidade administrativa, suspendendo os direitos políticos de Celso Cota por sete anos, de 9 de novembro de 2009 a 2 de junho de 2010 e de 2 de junho de 2015 a 9 de novembro de 2021 – o que gerou, também, a suspensão da sua inscrição eleitoral pelo mesmo período.
Em 2015, Celso Cota foi retirado da chefia do poder Executivo pela Câmara Mariana, após o despacho do promotor de justiça Guilherme de Sá Meneghin, que cobrava a execução da sentença judicial de 2008, que condenou o ex-prefeito, em primeira instância, a ressarcir R$ 80 mil ao erário, além de multa de R$ 160 mil e a suspensão dos direitos políticos por sete anos, considerando que o político fez promoção pessoal com recursos do município.
Com mais esse adiamento, Mariana segue sendo administrada interinamente pelo presidente da Câmara, Juliano Duarte.