Menu

Operação 'antigatos' é realizada pela CEMIG em várias cidades

27/04/2018 às 17:37
Tempo de leitura
3 min

A Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) está realizando em diversas cidades do estado uma operação com o objetivo de reverter um prejuízo anual de R$ 300 milhões com ligações irregulares e clandestinas, fechando o cerco contra consumidores que insistem em praticar furto de energia – popularmente conhecido como “gato”.
Neste final de abril, a empresa finalizou uma inspeção que ocorreu simultaneamente em Belo Horizonte, Uberlândia, Montes Claros, Ipatinga, Teófilo Otoni, Divinópolis, São João Del Rei, Capitólio e Nova Resende.
A operação contou com a participação de 150 profissionais da Cemig. Cerca de 1.700 clientes tiveram o fornecimento de energia cortados. Além disso, foram encontrados 150 equipamentos com indícios de fraudes, cerca de 40% dos medidores inspecionados. Os equipamentos suspeitos foram retirados e levados para perícia no laboratório da companhia.
De acordo com o engenheiro de planejamento energético da Cemig, Armando Rocha, em matéria publicada pela Agência de Minas, a tarifa dos consumidores mineiros poderia ser até 5% mais barata se não houvesse ligações irregulares e clandestinas na área de concessão da Cemig.
“Acompanhamos o consumo dos mais de oito milhões de clientes e, além de fazer a rotina diária de inspeções através dessas avaliações de consumo, fazemos inspeções rotineiras e mutirões em todos o estado. Temos encontrado muitas irregularidades e, ao corrigi-las, conseguimos preservar a receita da companhia”, destaca o engenheiro.
Na mesma matéria, o engenheiro ressalta que o “gato” acontece em todas as classes sociais e precisa ser combatida exaustivamente para conscientizar a sociedade: “É uma questão de cultura e estamos combatendo isso. O prejuízo é rateado entre a Cemig e todos os consumidores adimplentes, diminuindo os ganhos da distribuidora e encarecendo a tarifa para aqueles que usam a energia de maneira honesta”.
Fazer “gato” é uma prática criminosa
Comprovada uma prática irregular em uma unidade consumidora, o titular da conta poderá responder criminalmente, conforme previsto no artigo 155 do Código Penal que prevê multas e pena de um a oito anos de reclusão. Confirmada a atividade ilegal, o titular também será obrigado a ressarcir financeiramente toda a energia furtada e não faturada em até 36 meses, de forma retroativa.
Além da parte financeira e criminal, as ligações irregulares e clandestinas também representam insegurança nos locais onde elas estão presentes, pois o risco de acidentes decorre da falta de padronização e de proteção adequada das ligações ilegais, que muitas vezes deixam os cabos de energia expostos.
A população pode denunciar irregularidades pelo telefone 116.
Leia também: Vagas de emprego na Vale

COMENTÁRIOS
Última atualização em 19/08/2022 às 11:35