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Patrick de Araújo | Desabafo de Um Eleitor Frustrado

19/11/2017 às 12:02
Tempo de leitura
3 min

Como é difícil entender o jogo politico. Há alguns dias os jornais noticiaram que o PT e o PMDB já negociam alianças em alguns estados (a maioria no nordeste) visando as eleições de 2018. Acredito que o leitor, assim como este confuso colunista, deve estar pensando que é uma “falta de vergonha na cara” do Partido dos Trabalhadores cogitar em se juntar novamente com aqueles que lhe deram uma rasteira em 2016. Como é difícil entender o jogo politico, não é caro leitor?

pt e pmdb

Imagem: Site Conexão Jaru http://www.conexaojaru.com.br/pt-e-pmdb-ja-negociam-aliancas-em-6-estados-para-proxima-eleicoes/

A lógica da aliança com o PMDB é fácil de entender. O Partido de Michel Temer é o maior do país. Nas eleições do ano passado foi o partido que conquistou o maior número de prefeituras no país inteiro. Também é o partido com o maior número de filiados, tem o maior tempo de propaganda na TV, sem falar de sua base no congresso. Sim leitor, é uma vantagem se aliar ao PMDB desde que Brasil é Brasil. O PT em uma nota oficial, nega alianças com partidos apoiadores do impeachment.

Para serem eleitos pela primeira vez, Lula e o PT tiveram que ir mudando ao longo do tempo. O partido e o candidato de 2002 eram bem diferentes da primeira eleição de Lula a presidência 1989. PT e Lula se aproximaram do mercado, escolheram como vice um empresário e se uniram ao PMDB a partir do segundo mandado Lula e fortaleceram a aliança para eleger Dilma. E resto da história nós estamos acompanhando. Como consequência, a sigla se afastou de sua base de esquerda, apesar de ter feito muito pelo país em seus anos de governo, o PT não tocou em assuntos que sempre foram bandeiras de sua base de esquerda.

Será que para eleger Lula em 2018, o PT vai usar a mesma receita de 2002? Eu particularmente, espero que não. As terras tupiniquins precisam de renovação, de mudança. As velhas fórmulas para chegar e se manter no poder estão ficando cada vez mais retrógradas e em tempos de acesso a informação os eleitores estão cada vez mais desconfiados do velho discurso politico. E principalmente dos políticos. Gostaria muito de ter uma opção de voto mais progressista em 2018, pelo menos alguma que se afaste dos velhos modelos. Uma escolha de voto em que o sujeito ou sujeita, seja realmente bom e não a escolha menos pior.

Mais uma vez, leitor: Busquemos renovação!

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Última atualização em 19/08/2022 às 12:05