Prefeito de Mariana acredita em condenação da BHP na Inglaterra pela tragédia da barragem do Fundão

Prefeito de Mariana acredita em condenação da BHP na Inglaterra pela tragédia da barragem do Fundão

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O prefeito de Mariana, Juliano Duarte, afirmou nesta quinta-feira (13/3), de Londres, onde acompanha o último dia do julgamento contra a mineradora BHP, pelo desastre causado do pelo rompimento da barragem do Fundão, em 2015, que a expectativa dos municípios mineiros afetados pela tragédia é positiva para uma condenação da empresa australiana. A tragédia deixou 19 mortos e foi o maior desastre ambiental da história do país.

“A nossa expectativa é muito positiva em uma condenação e uma vitória aqui na Inglaterra. O município de Mariana não assinou a repactuação no Brasil, pois não concordamos com os valores que foram oferecidos e também com o prazo de pagamento que os prefeitos que assinaram o acordo irão receber, que são 20 parcelas em 20 anos, sendo uma parcela por ano”, ressaltou o chefe do executivo da cidade.

Duarte ainda comentou que Mariana busca justiça, e acredita que o recurso do possível ganho da ação pode “melhorar a qualidade de vida da população e deixar de ser cada vez mais um município dependente da mineração.”

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Mais de 630 mil pessoas entraram com uma ação na Justiça Britânica pedindo cerca de 268 bilhões de reais em indenizações, com a justificativa de que os acordos no Brasil não foram suficientes. A BHP, que é uma das sócias-proprietárias da empresa Samarco, e a Vale fecharam um acordo de quase 30 bilhões de dólares com o governo brasileiro, mas muitas vítimas seguem buscando justiça fora do país.

Municípios recusam Acordo de Mariana

Na última semana, Juliano Duarte afirmou em entrevista que a cidade não vai assinar o Acordo de Mariana, pois a proposta financeira e os termos propostos no acordo não atendem as necessidades dos municípios.

O prefeito teceu diversas críticas à maneira como se construiu o pacto, sem a presença dos municípios atingidos pelo rompimento da barragem. Segundo ele, na prática, o acordo do Brasil prevê o pagamento de cerca de R$ 6 bilhões aos 49 municípios atingidos em Minas e no Espírito Santo. O montante seria dividido em 20 anos, com uma parcela anual.

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