Colocar uma prótese de silicone para aumentar os seios ou dar firmeza e volume a outras partes do corpo está se tornando cada vez mais comum. Uma prova disso é que o Brasil ocupa o primeiro lugar em cirurgias plásticas no mundo, e somente falando de mamoplastias de aumento, são feitas cerca de 220 mil cirurgias.
Entretanto, as próteses grandes de silicone acendem um sinal de alerta. Elas são compostas de um gel de silicone envolto em uma cápsula e colocadas para dar mais firmeza, contorno e simetria. O problema é que no momento da escolha, muitas pessoas acabam optando pelas que têm um tamanho grande e, nesse caso, o perigo aumenta. Quanto maior o volume, maiores as chances de ocorrer algo inesperado.
Um dos primeiros pontos que podem ser vistos é o surgimento de estrias porque a pele fica muito esticada e, cerca de 3 meses após a cirurgia, elas são visíveis. Além disso, pode ocorrer afinamento das glândulas mamárias e costelas. Quando próteses de silicone grandes são colocadas e o corpo não possui muito espaço para elas, podem comprimir o pulmão e gerar dificuldade para respirar.
Por conta de todas essas questões conhecidas, os médicos sempre recomendam que sejam escolhidos tamanhos menores que possam dar um resultado satisfatório e que possam prevenir problemas futuros. Com o uso de um simulador 3D, a paciente consegue entender como serão os resultados de acordo com o tamanho escolhido.
Mesmo sabendo de todas essas questões, ainda há uma procura grande pelas cirurgias, que custam de R$ 12 mil a R$ 18 mil. Os altos valores não têm sido um problema, uma vez que hoje é possível fazer o parcelamento ou contratar um consórcio para silicone a fim de arcar com os custos.
Entenda os riscos para a saúde
Além dos problemas já apresentados, como estrias e dificuldades para respirar, a colocação de próteses grandes de silicone ou até mesmo as pequenas podem aumentar o risco de algumas doenças, segundo pesquisas do MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas, em Houston.
O estudo identificou que, dos 100 mil pacientes analisados, 72% haviam colocado as próteses por questões estéticas. Descobriu-se que os riscos foram potencializados para alguns problemas de saúde, como em 600% o risco de artrite, em 450% o risco de natimorto e em 400% o risco de câncer de pele.
Outros problemas que foram detectados são distúrbios do sistema imunológico, endurecimento da pele e tecidos conjuntivos e complicações cirúrgicas. Apesar dessas descobertas, não é preciso entrar em pânico, pois a tecnologia utilizada no procedimento consegue minimizar um pouco esses riscos.
Entretanto, é preciso ter atenção ao tamanho da prótese escolhida para que não seja exagerada. O indicado é que contenham no máximo 350 mililitros (ml) para que possam moldar ao corpo sem trazer peso excessivo ou potencializar os riscos.
O ideal é sempre conversar com o médico e seguir as orientações do profissional de saúde, e para as que esperam ter seios muito volumosos, tomar cuidado com as próteses grandes de silicone, que não são as mais indicadas.
Por Jeniffer Elaina, do Consorcio.org