Que lugar ocupamos na sociedade? Que lugar é este onde todos se encontram, se esbarram, constroem histórias e fazem das suas vidas um espetáculo à parte, no absurdo do caos da atualidade?
É um espaço de idas e vindas, onde a cada dia, a cada momento, vamos nos constituindo desde a mais tenra idade até o ocaso na finitude do cronos.
Um espaço de múltiplas representações tendo o homem como esse ser ocupante dos mais variados fazeres, funções e “detentor” de uma ordem que nem sempre se estabelece na conjuntura atual.
Quem determina esse espaço da atualidade? Será mesmo que somos nós, na individualidade, que temos a autoridade para dizer o sim e o não de tudo que nos cabe?
São indagações permanentes do nosso cotidiano e que nos fazem refletir quais caminhos foram traçados para a vida. Os que nos foram “permitidos” e aqueles que “escolhemos”.
Como construção humana, a sociedade é determinada por cada um de nós, seres humanos. Quais fatores influenciariam esta determinante? O ser e o ter, mais uma vez imbricados e interseccionados neste processo.
Muitos alijados e tão poucos inseridos nos direitos mínimos e básicos inerentes à sobrevivência humana.
Que espaços são estes delimitados por uma ordem macro que esmaga e esfacela o micro, levando-nos a desestruturas observáveis e injustas?
Espaços, lugares, um habitat que necessita ser resgatado, reconstruído e em permanente transformação, não permitindo o estabelecimento plano, do “status quo”, da manutenção.
Que lugar ocupamos na sociedade? Segue mais uma vez o questionamento que nos instiga e derruba todas as certezas, quando temos acordado que tudo vai além do espaço, tempo e extrapola as muitas vidas imersas no emaranhado do hoje.