Com 252 mortos e 18 ainda desaparecidos, o dia 25 de outubro marca nove meses do rompimento da barragem do Feijão, em Brumadinho.
Nesta sexta-feira (25), moradores de Brumadinho realizam pela oitava vez uma homenagem à memória das vítimas do rompimento.
Todo dia 25, na entrada da cidade, familiares e amigos prestam homenagens às vítimas às 12h30 – horário em que as vítimas morreram.
O horário e data, considerados sagrados pela população, é uma forma de além de homenagear, lutar para não deixar que as pessoas se esqueçam do que aconteceu no dia 25 de janeiro.
A passeata, composta por cerca de 300 pessoas faz um percurso de quase dois quilômetros com cartazes, rosas, faixas, além de falarem o nome das 270 vítimas.
Um coral infantil também faz parte da passeata.
Nove meses depois da tragédia, o que resta é luto e um sentimento de justiça. Cartaz de homenagem às vítimas – Crédito da foto: Reprodução/TV Globo
18 corpos ainda desaparecidos em Brumadinho Nesta sexta-feira (25), completa o 274º dia de operação ininterrupta dos bombeiros em busca dos 18 corpos ainda desaparecidos.
Os familiares e manifestantes pedem que o Corpo de Bombeiros não encerre as buscas até que todas as pessoas sejam localizadas em Brumadinho.
Ainda não há previsão de que o trabalho de resgate das vítimas seja encerrado.
Muito pelo contrário, o trabalho do Corpo de Bombeiros deve se intensificar neste período pela aproximação de uma temporada de chuva que pode dificultar ainda mais o trabalho dos militares.
Cerca de 130 militares estão trabalhando na área coberta por rejeitos, totalizando aproximadamente 12 milhões de metros cúbicos.
Entretanto, o uso de máquinas pesadas chegou ao limite, sendo empregado todos os equipamentos.
Além disso, o uso de cães farejadores foram cessados, pois todos os 64 animais disponíveis tiverem a saúde afetada pela exposição ao material presente na lama.
As fases de busca por vítimas da tragédia tem sido a maior do Brasil realizada pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Até agora foram realizadas cinco fases, entre elas: Primeira fase: janeiro e fevereiro.
Uso de 630 bombeiros por dia e mais de 30 aeronaves para detectar e transportar corpos.
Segunda fase: fevereiro.
O número de militares é reduzido para 250. e cães respondem por um terço da localização de corpos e segmentos.
Terceira fase: março.
Quantidade de bombeiros é reduzida para 130 militares, enquanto a quantidade de máquinas é duplicada, com até 60 equipamentos por dia.
Quarta fase: de abril a agosto.
É mantido cerca de 130 bombeiros por dia e começa a busca nos locais de maior concentração de vítimas.
Quinta fase: setembro e outubro.
Estratégias envolvendo bombeiros e máquinas buscam ampliar a velocidade de buscas, para evitar as dificuldades do período chuvoso.