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Câncer de rim: estimular atividade física é o lema de mobilização mundial contra a doença

15/06/2020 às 13:04
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Trazendo como tema para 2020 – Get Active/Sit Less: Seja ativo/Sente-se menos – a Coalização Internacional de Câncer de Rim (IKCC), convida a sociedade a falar mais sobre atividade física. E, mais do que isso, colocar em prática esse movimento. O lema deste ano apoia-se em uma  metanálise que mostra que a atividade física pode diminuir o risco de câncer renal em 22%1.

O Dia Mundial de Câncer de Rim será celebrado na quinta, dia 18. Ao estimular a prática de atividade física, a coalização visa, além de diminuir o risco de surgimento da doença, auxiliar na melhora da qualidade de vida dos pacientes. Praticar atividades físicas moderadas pode melhorar em até 15% as chances de sucesso do tratamento, além de reduzir sintomas de fadiga, ansiedade e depressão2.

O problema é que três em cada quatro pacientes com câncer de rim atualmente não fazem atividade física suficiente. “Nossa missão é mostrar que colocar o corpo em movimento, mesmo que seja para atividades físicas leves,  fará a diferença. Ainda mais em tempo de isolamento social por conta da Covid-19, é fundamental dedicar um tempo para estar ativo”, destaca o cirurgião oncológico Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos do grupo BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

CÂNCER DE RIM – Com cerca de 6 mil novos casos anuais no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de rim é o terceiro tumor geniturinário mais comum no Brasil, sendo que sua incidência é quase duas vezes maior entre os homens3. No mundo, de acordo com o levantamento Globocan 2018, da Organização Mundial de Saúde (OMS), são 403 mil novos casos e 175 mil mortes anuais. A doença representa a 10ª maior causa de morte por câncer em homens4.

O sucesso no tratamento está associado também com a fase em que a doença é descoberta. Quando o diagnóstico ocorre em fase inicial (lesão restrita ao rim), a taxa de sobrevida em cinco anos é de 92,6%, segundo o levantamento SEERs, da American Cancer Society5.

ATIVIDADE FÍSICA E CÂNCER DE RIM – As diretrizes do American College of Sports Medicine e da American Cancer Society apontam que os sobreviventes de câncer devem se envolver em6:

–  150 minutos de exercício de intensidade moderada ou 75 minutos de exercício de intensidade vigorosa por semana.

– Atividades de fortalecimento muscular e ósseo usando os principais grupos musculares, pelo menos dois dias por semana, para benefícios adicionais.

– Embora o exercício seja geralmente seguro para quase todos, é importante estar atento aos sinais de aviso para parar de se exercitar (ou seja, dor no peito, tonturas, náuseas). Em caso de dúvida, recomenda-se falar com o médico.

– Reduzir o tempo sentado: os benefícios de saúde obtidos com o exercício são reduzidos quando a pessoa fica sentada por muito tempo. Recomenda-se ficar em pé por 2 minutos após cada hora de sessão contínua. Outra dica é associar o exercício a pequenas mudanças de movimento (ou seja, em pé) durante o dia, para se manter ativo e se sentar menos.

  • FATORES DE RISCO: os principais fatores de risco associados com o surgimento de câncer de rim são doenças e hábitos potencialmente modificáveis, comuns na população ocidental, como a obesidade, diabetes, tabagismo, índice de massa corpórea (IMC) elevado.
  • PREVENÇÃO: recomenda-se a adoção de dieta saudável, rica em vegetais e sem excessos de carnes vermelhas e gorduras animais, assim como a cessação do tabagismo, controle de peso e, conforme destaca a campanha deste ano, a inclusão da atividade física na rotina diária.
  • SINTOMAS: nas fases iniciais geralmente não apresenta sintomas. Embora inespecíficos (podendo ser confundidos com os de outras doenças), os principais sintomas de câncer de rim são sangue na urina, dor lombar de um lado, massa (caroço) na lateral ou na parte inferior das costas, fadiga, perda de apetite, perda de peso, febre e anemia, estão geralmente associados a doença em estágio mais avançado.
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