Nesta segunda-feira (20), iniciou-se o projeto “UFOP em Ação”, que irá telefonar para moradores de Ouro Preto para rastrear e monitorar os casos de coronavírus na cidade.
A equipe é formada por especialistas do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (Cipharma) da Escola de Farmácia da Universidade.
Segundo a professora coordenadora do projeto, Renata Macedo, a medida pode minimizar as subnotificações no município ao identificar pessoas vulneráveis ou possivelmente infectadas e que ainda não foram atendidas pelo sistema de saúde público.
O rastreamento de casos suspeitos de Covid-19 na população é feito de maneira automatizada pelo Ministério da Saúde, desde fevereiro de 2020, pelo teleSUS.
O objetivo dessa iniciativa é agregar qualidade às informações obtidas e oferecer benefícios diretos aos usuários do SUS.
Com o monitoramento, será possível também a orientação correta dos ouro-pretanos e a construção de um mapa de risco de transmissão do vírus no município.
O rastreamento funciona através de um questionário aplicado pelos pesquisadores, solicitando dados pessoais, incluindo CPF, e responder perguntas relacionadas à situação de saúde, como se já teve algum dos sintomas do novo coronavírus.
Caso outra pessoa da família tiver apresentado sintomas, também irá responder o questionário.
Com isso, será feito um banco de dados indicando casos positivos e não positivos, pessoas expostas ou não ao risco de infeção em Ouro Preto.
Para não perder nenhum dado importante durante o levantamento, o professor do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) de Ouro Preto e parceiro do “UFOP em Ação”, Lucas Emiliano de Souza Moreira, desenvolveu um aplicativo para conduzir o trabalho dos pesquisadores.
As orientações dadas com o suporte do aplicativo são condizentes com o estado de saúde de cada entrevistado.
Se um deles não apresenta nenhum sintoma da doença, por exemplo, a equipe reforçará a importância do isolamento social, lavagem de mãos e uso de máscara.
Caso apresente sinais iniciais de resfriado ou gripe, que são semelhantes aos da Covid-19, será orientado procurar um serviço de saúde e alertar sobre a vulnerabilidade do restante do grupo familiar.
Pesquisa sobre saúde mental
Com o distanciamento social, um dos impactos mais diretos sobre as pessoas é quanto à saúde mental.
Com isso, em parceria com a UniBH, a UFOP está divulgando para seus alunos e servidores uma pesquisa para avaliar qual o impacto psicológico e social da Covid-19 na população.
Os dados serão coletados em 4 etapas (julho, outubro de 2020, janeiro e abril de 2021) para avaliar as mudanças comportamentais durante e após o distanciamento social por meio de um questionário online.
É destacado que todas as informações obtidas serão confidenciais e os dados serão mantidos em sigilo.
Os dados serão utilizados, apenas, para fins da pesquisa.
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