Vacina testada nos EUA contra HIV tem resposta imunológica em 97% dos voluntários

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Uma vacina contra o HIV, vírus causador da Aids, está sendo testada pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e a sua reposta foi muito eficiente em 48 voluntários testados, com 97% de eficiência no seu primeiro ensaio clínico. Além disso, não houve qualquer problema colateral que se demostre grave, o que garante um grande avanço da ciência. Os resultados foram publicado pela revista Science, um dos meios mais renomados de divulgação da ciência.

Os voluntários não são portadores do HIV e foram submetidas aos exames de sangue durante 16 semanas com as opções do placebo, da vacina com baixa dose, ou a com alta dose a partir de um intervalo de 8 semanas. 36 pessoas receberam a vacina e 12 receberam o placebo. O teste foi feito com uma excelente supervisão e os resultados foram muito semelhantes entre aqueles que receberam a dose alta e a dose baixa da vacina. Os supervisores do teste perceberam que 97% dos voluntários obtiveram um aumento significativo da geração dos anticorpos para as células que lutam contra o HIV no organismo. A Scripps Research afirmou que as células linfócito B, responsáveis por produzirem os Anticorpos Amplamente Neutralizantes (bnAb), produzem proteínas que se ligam a picos de HIV, ou seja, a proteínas virais de superfície que sofrem menos mutações. Pesquisadores apontam que a proteção pode ser alcançada contra o HIV se as vacinas induzirem de modo consistente as bnAbs, que é o componente essencial do sistema imune.

Vacina testada nos EUA contra HIV tem resposta imunológica em 97% dos voluntários
Imagem ilustrativa

Vale Salientar que os resultados foram divulgados pela primeira vez no ano de 2021 pelas instituições International AIDS Vaccine Initiative (IAVI) e Scripps Research, mas somente agora vieram à tona. A vacina se mostrou segura e apenas trouxe aos voluntários relatos de leves fadigas, dores de cabeça e leves dores na região da aplicação, o que são sintomas plausíveis. Uma das maiores dificuldades para fazer um vacina contra o HIV está no que diz respeito a sua alta velocidade de mutação.

Mesmo que o teste tenha sido muito eficiente, os cientistas ainda abordam que talvez seja necessário mais uma dose de reforço para tornar a profilaxia mais eficiente. A expectativa é que o estudo vá mais a fundo e que um excelente tratamento contra o HIV seja democratizado nos próximos anos; um grande avanço da ciência se iniciou. O artigo completo sobre os estudos está disponível na revista Science.

Entenda sobre o HIV e sobre a Aids

O HIV é considerado um retrovírus, ou seja, é constituído por RNA e classificado na família  dos Lentiviridae, de modo que seja retratado como sexualmente transmissível. Outras caraterísticas também são relacionadas ao seu tempo de incubação, que é prolongado e sem apresentar sintomas, além de suprimir o sistema imune e poder atingir células do sangue e do sistema nervoso.

O sistema imunológico é formado por uma barreira de células que se denominam como defensoras do organismo, as quais são chamadas linfócitos T-CD4+, que são os principais alvos do HIV precursores da Aids. O HIV se liga às células por meio de um dos componentes da membrana dela, penetrando, assim, no seu interior e multiplicando o vírus no organismo. Logo, o sistema de defesa vai perdendo pouco a pouco a sua eficiência, deteriorando a sua auto capacidade de defesa, de maneira que o corpo se torne mais vulnerável às outras enfermidades. Com o organismo não respondendo às necessidades de autodefesa e sem forças, o indivíduo fica doente mais facilmente, o que se denomina como Aids.

Como se Prevenir do HIV

Esses são algumas medidas que podem se tomadas como prevenção:

  • Fazer sexo com proteção.
  • Utilizar Seringas e agulhas descartáveis.
  • Uso de Luvas ao tocar em feridas.
  • Fazer teste sanguíneo como forma de prevenção, pois o vírus é silencioso.
  • Gestantes infectadas pelo vírus devem utilizar antirretrovirais durante a gestação, se obtiverem o HIV.

Formas de transmissão do HIV

  • Sexo Oral, Anal e Sexo sem preservativo.
  • Transfusão de sangue do contaminado.
  • Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
  • Uso de seringa por várias pessoas.

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