Uma das seleções mais simpáticas do século, Gana volta a disputar uma Copa do Mundo após ficar de fora em 2018. Com nomes diferentes em relação aos que nos acostumamos a ver em outras edições, os Estrelas Negras não estão cotados para passar de fase, mas assim como em outras edições, podem surpreender.
Dentre os principais jogadores de Gana na atualidade, estão alguns naturalizados, como o atacante Iñaki Williams, que esteve cotado até mesmo para a seleção espanhola, onde seu irmão mais novo, Nico, joga, mas que escolheu a nação africana, e Tariq Lamptey, ala promissor do Brighton, da Inglaterra. O veterano zagueiro Denis Odoi, de 34 anos, do Club Brugge, chegou a atuar pela Bélgica, mas é mais um que optou por suas origens ganenses.
Dos jogadores que já atuavam por Gana, sem dúvidas o principal nome é Thomas Partey, meio-campista do Arsenal que consegue unir força física e técnica. Ao seu lado, deve ficar Mohammed Kudus, do Ajax, de apenas 22 anos, e com um futuro promissor pela frente. Na zaga, Daniel Amartey, do Leicester, e Mohammed Salisu, do Southampton, são outros jogadores que atuam na Premier League e reforçam a defesa ganense, que tem grave fragilidade quando se trata de goleiros.
No ataque, a dupla André e Jordan Ayew, filhos do lendário Abedi Pelé, deverão comandar as ações ofensivas juntamente com Iñaki Williams.
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Muito jovem, com 13 jogadores abaixo dos 23 anos, Gana procura uma reformulação e essa inexperiência talvez cobre seu preço, principalmente em necessidades de utilização do banco de reservas. Por outro lado, nota-se um projeto para outras copas, que pode render frutos no futuro.
Dentre as promessas ganenses, se destaca o caçula Abdul Fatawu Issahaku, de apenas 18 anos, que dá seus primeiros passos no Sporting de Portugal. O jogador ainda transita pelo time principal e o “B” do clube português, mas já tem minutos jogados pela Champions League.
Grupo difícil e reencontro com algoz
O sorteio para os grupos da Copa foi cruel com Gana, colocando a seleção africana para enfrentar Portugal, Uruguai e Coreia do Sul, o que deixa os Estrelas Negras como azarão. Mas num grupo equilibrado, um bom resultado já pode ser suficiente para colocar um time desacreditado na briga.
Um ponto interessante do Grupo H será o reencontro de Gana com o atacante uruguaio Luís Suárez, algoz dos ganenses em 2010, quando tirou, em cima da linha e com a mão, uma bola que classificaria os Estrelas Negras para uma inédita semifinal da Copa do Mundo.
Após a “defesa” de Suárez, no último minuto da prorrogação, ele foi expulso e um pênalti foi marcado para Gana, mas o craque da seleção africana, Asamoah Gyan, chutou no travessão. Na disputa por pênaltis, deu Uruguai. Resta saber qual será a recepção dos atuais Estrelas Negras ao histórico atacante uruguaio, visto que muitos deles eram adolescentes ou crianças na ocasião.
O jogo entre Gana e Uruguai, por ser na última rodada da fase de grupos, também pode ser decisivo para as equipes. Resta aguardar.
- Time base (4-3-3): Ati-Zigi (St. Gallen-SUI), Lamptey (Brighton-ING), Amartey (Leicester-ING), Salisu (Southampton-ING), Baba-Rahman (Reading-ING); Abdul Samed (Lens-FRA), Thomas Partey (Arsenal-ING), Kudus (Ajax-HOL); Sulemana (Rennes-FRA), Iñaki Williams (Athletic Bilbao-ESP), Jordan Ayew (Cristal Palace-ING).
- Técnico: Otto Addo
- Capitão: André Ayew
- Destaque: Iñaki Williams
- Jogos: Portugal (24/11); Coreia do Sul (28/11); Uruguai (2/12).
- Prognóstico: Última colocação do grupo
- Melhores participações: 2010 (Quartas de final)
- Ídolos históricos: Abedi Pelé, Asamoah Gyan
- Maior goleador: Asamoah Gyan (51 gols)
- Jogador que mais vezes atuou: Asamoah Gyan (109 gols)