Menu

Camisa pesada e mescla de jovens com experientes coloca Uruguai no páreo por boa campanha no Catar

O Uruguai foi campeão mundial em 1930, quando jogou em casa, e em 1950, edição em que surpreendeu e venceu o Brasil em pleno Maracanã.
24/11/2022 às 11:15
Tempo de leitura
4 min
Time tem boas chances no Catar - Foto: Divulgação/FIFA
Time tem boas chances no Catar - Foto: Divulgação/FIFA

Quando o assunto é imortalidade no futebol, o Uruguai certamente figura entre as maiores seleções, com páginas históricas em diversas edições de Copa do Mundo. Mesmo em vezes que não foi campeã, a Celeste Olímpica assustou o planeta com demonstrações de grandeza. Na Copa do Catar, a expectativa é surpreender novamente.

O Uruguai foi campeão mundial em 1930, quando jogou em casa, e em 1950, edição em que surpreendeu e venceu o Brasil em pleno Maracanã. Os títulos, aliados às conquistas olímpicas e de Copa América, fizeram com que o futebol uruguaio se consolidasse como um dos mais tradicionais do planeta, mesmo com uma população enxuta – 3 milhões de pessoas.

Momento de entressafra do Uruguai

Nos últimos anos, o fã de futebol se acostumou a ver a Seleção Uruguaia com pilares icônicos, como Diego Godín, Edinson Cavani e Luís Suárez que, atualmente, se encontram envelhecidos e já caminhando para o fim de suas respectivas carreiras. Por outro lado, jovens de destaque vêm pedindo passagem e já são encarados como realidade. O meio-campista Fede Valverde, do Real Madrid, é o principal nome da renovação. Aos 24 anos, o versátil atleta é titular e já foi protagonista em conquistas importantes do maior time do mundo.

Valverde é esperança para o país
Valverde é esperança para o país – Foto: Divulgação/@Uruguay

O atacante Darwin Núnez, de 23 anos, é encarado como o sucessor natural do reinado de Suárez e Cavani. Com força física e faro de gol, o centroavante fez ótimas temporadas no Benfica, e chamou a atenção do gigante inglês Liverpool, que o contratou pagando um alto valor. Junto à dupla, outros jogadores de alto potencial podem colaborar com o escrete de Diego Alonso na Copa. Entre eles, se encontram De Arrascaeta, do Flamengo, Nico De La Cruz, do River Plate, e Facundo Pellistri, pertencente ao Manchester United.

Chaveamento complicado e velhos conhecidos

O Uruguai está no Grupo H da Copa do Mundo, considerado o mais difícil do torneio, ao lado de Portugal, Gana e Coreia do Sul. Caso passe, a Celeste pode enfrentar o Brasil nas oitavas de final, devido ao cruzamento.

Em 2018, os uruguaios foram eliminados nas quartas de final, pela França, mas antes tiraram Portugal, por 2 a 0, em show de Edinson Cavani. Oito anos antes, quem caiu na mira dos sul-americanos foi Gana, num jogo histórico nas quartas da Copa da África do Sul. À época, Suárez impediu o gol da vitória ganesa cometendo pênalti por mão na bola. Os africanos, porém, desperdiçaram a chance e deixaram a decisão para as penalidades: o Uruguai venceu com cavadinha de Loco Abreu. Esse se tornou um dos maiores episódios da história dos mundiais.

Na fase anterior, ainda em 2010, o Uruguai eliminou a Coreia do Sul, por 2 a 1, além de ter vencido os asiáticos também em 1990, por 1 a 0. Ao menos no retrospecto, os uruguaios saem na frente dos rivais particulares.

A histórica cavadinha de Loco Abreu
A histórica cavadinha de Loco Abreu – Foto: Divulgação/@Uruguay
  • Time base (4-4-2): Sérgio Rochet; Martin Cáceres, Diego Godín, José Giménez e Mathías Olivera; Federico Valverde, Matias Vecino, Rodrigo Bentancur e Giorgian De Arrascaeta (De la Cruz); Darwin Núñez e Luís Suárez.
  • Técnico: Diego Alonso
  • Capitão: Diego Godín
  • Destaque: Federico Valverde
  • Jogos: Coreia do Sul (24/11), Portugal (28/11) e Gana (02/12)
  • Prognóstico: Classificação ao mata-mata
  • Melhores participações: 1930 e 1950 (campeão)
  • Ídolos históricos: Alcides Ghiggia, Diego Forlán e Enzo Francescoli
  • Maior goleador: Diego Godín (159 jogos)
  • Jogador que mais vezes atuou: Luís Suárez (62 gols)