O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou na última terça-feira (7) que cerca de 380 mil estudantes da rede pública estadual de ensino irão receber a Bolsa Merenda, no valor de R$ 50 mensais, para compra de alimentos a partir deste mês de abril. A medida feita pelo Governo de Minas procura amenizar os impactos da suspensão das aulas por conta da pandemia do coronavírus. Desde o dia 18 de março as aulas estão paradas.
O tíquete de R$ 50 mensais é para cada estudante da rede estadual que esteja inscrito no CadÚnico na arcela considerada de extrema pobreza, ou seja, aqueles que a média salarial per capita da família não ultrapasse os R$ 89. A previsão é de que o benefício tenha duração de quatro meses contando a partir de abril, mas com possibilidade de prorrogação caso seja necessário.
Do valor total do tíquete, R$ 30 serão custeados pelo Governo de Minas, enquanto os outros R$ 20 são fruto de uma parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que destinou R$ 30 milhões para o programa.
“Com a crise do coronavírus, milhões de crianças deixaram de frequentar as aulas e, para boa parte delas, as escolas eram um dos principais locais de alimentação. Com isso, muitas deixaram de ter esta oportunidade. Em Minas Gerais nós mapeamos 380 mil crianças de famílias que vivem na extrema pobreza. E elas, a partir de agora, vão receber o Bolsa Merenda, um cartão para cada criança que terá direito a R$ 50 mensais para poder compensar esta perda da merenda que ela fazia na escola. Esse valor minimizará o sofrimento dessas famílias, que são as mais impactadas com uma crise como essa. É obrigação do Estado tentar amenizar o sofrimento destas famílias mais atingidas. E esse projeto só está sendo viável devido à ajuda do Ministério Público, que está contribuindo com R$ 30 milhões”, afirmou o governador Romeu Zema.
O Bolsa Merenda só foi possível após a Lei 23.631/2020, de autoria da Assembléia Legislativa, ter sido aprovada na última quarta-feira, que dispõe sobre medidas emergenciais de proteção social para o público vulnerável na atual conjuntura de enfrentamento ao coronavírus. Os repasses serão feitos pelo vale-alimentação.
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