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Para evitar greve de caminhoneiros, nova tabela de frete será suspensa

22/07/2019 às 14:27
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Na manhã desta segunda-feira (22), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou, em uma entrevista ao portal G1, que será suspensa a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que estabeleceu novas regras para o cálculo do piso do frete rodoviário.

O documento que altera os valores do frete foi publicado pela ANTT na última quinta-feira (18), logo após passar por consulta pública. Antes mesmo da resolução entrar em vigor no sábado (20), as mudanças contidas no documento geraram insatisfação em caminhoneiros que então voltaram a falar sobre a possibilidade de uma nova greve.

Os rumores de uma nova paralisação da categoria, a exemplo do que ocorreu em 2018, provocou reação imediata do Ministério da Infraestrutura para tentar evitá-la.

Segundo Tarcísio de Freitas, será aberta uma nova rodada de negociações com os caminhoneiros. De acordo com uma nota publicada pelo Ministério da Infraestrutura, uma reunião com líderes da categoria está prevista para a próxima quarta-feira (24). Até lá, ficarão suspensas as regras da nova resolução.

Mudanças da nova tabela de frete geraram insatisfação em caminhoneiros 

A nova tabela para cálculo do frete rodoviário mínimo, publicada pela ANNT na última quinta-feira (18), foi criada em conjunto com o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial, ligado à Universidade de São Paulo (USP).

Entre as principais mudanças, a nova resolução estabelece que 11 categorias de cargas devem ser usadas no cálculo do frete mínimo.

Além disso, o documento amplia os itens considerados no cálculo, que engloba a distância percorrida, o custo com depreciação do veículo, o tempo de carga e descarga do caminhão, a remuneração do caminhoneiro, os impostos, entre outros.

A tabela de frete foi pelo governo Michel Temer logo após a greve de caminhoneiros que teve início em maio e bloqueou estradas, além de  comprometer o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos em todo o país. A criação e publicação do documento era uma das reivindicações da categoria à época.

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