Intensa e livre: o legado de Fernanda Young

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A apresentadora, atriz, escritora, dramaturga, roteirista de TV e cinema e colunista Fernanda Maria Young de Carvalho Machado, mais conhecida como Fernanda Young, faleceu na madrugada deste domingo (25), aos 49 anos, na cidade de Gonçalves, no Sul de Minas Gerais.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo, a escritora faleceu após uma crise de asma seguida de uma parada cardíaca. Ela chegou a ser levada ao hospital, mas acabou indo a óbito.

Fernanda deixa o marido, Alexandre Machado, e quatro filhos: John Gopala, de 7 anos, Catarina Lakshimi, 8 anos, e as gêmeas Estela May e Cecília Madonna, de 16 anos.

Mas qual é o legado de Fernanda Young?

Há de se notar que os livros e a literatura sempre fizeram parte da sua vida. Ela frequentou a faculdade de Letras da Universidade Federal Fluminense, mas não se formou. Cursou Jornalismo na Faculdade Hélio Alonso e, Rádio & Televisão na FAAP, mas não terminou nenhum dos cursos.

Intensa, viveu intensamente, e o melhor de tudo: livre.

Em 1996, lançou seu primeiro livro, “Vergonha dos Pés”, que ganhou uma adaptação para o teatro. Na obra, o leitor é convidado a mergulhar nos pensamentos da solitária Ana, a protagonista, que deseja se tornar uma escritora e que cria histórias fantásticas, mas o problema é que tudo se passa somente em sua cabeça. O dilema conflituoso da protagonista é fazer com que as histórias cheguem ao papel.

De lá para cá, Young escreveu quatorze livros que têm personagens neuróticos, complexos, além de críticos tratando de temas como o feminismo, a traição. Destaque para o livro de poesias “A mão esquerda de Vênus”, que “desnuda” a autora em camadas. Vale a pena a leitura!

Além da literatura, Fernanda Young também deixa um legado na TV e no cinema. Na Tv, ela roteirizou “A comédia da vida privada” (1995), “Os Normais” (2001-2003), “Os Aspones” (2004), “”Super Sincero” (quadro do Fantástico – 2005), “Minha nada mole vida” (2006), “O Sistema” (2007), “Nada Fofa” (especial de fim de ano – 2008), “Separação?!” (2010), “Macho Man” (2011), “Como Aproveitar o Fim do Mundo” (2012), “O Dentista Mascarado” (2013), “Surtadas na Yoga (2013-2014), “Odeio Segundas” (2015), “Vade Retro” (2017) e “Edifício Paraíso” (2017).

Já no cinema, ela também roteirizou os filmes “Bossa Nova” (2000), “Os Normais – O Filme” (2003), “Muito Gelo e Dois Dedos d’Água” (2006) e “Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas” (2009).

Atualmente

Atualmente, Fernanda Young era autora, ao lado de Alexandre Machado, de “Shippados”, série original produzida exclusivamente para a plataforma Globoplay. É uma série sobre jovens adultos neuróticos navegando o complexo mundo dos relacionamentos modernos, onde tudo é mediado por redes sociais e aplicativos, e que tem no elenco Tatá Werneck, Eduardo Sterblitch., Luis Lobianco, Clarice Falcão, Júlia Rabello, Rafael Queiroga e Yara de Novaes.

Ela também entraria em cartaz no próximo dia 12 de setembro com a peça “Ainda nada de novo”, contracenando com Fernanda Nobre, com texto de Carlos Canhameiro e direção de José Roberto Jardim.

“Sou uma mulher de 50 anos que sonhou alto e realizou muito. E estou longe de encerrar a minha jornada nessa orbe! Aos que se interessam: bom proveito. Para os outros: estou pouco me lixando!”, escreveu Fernanda Young em sua conta no Instagram um dia antes de sua morte. Um desabafo emocionante, diga-se de passagem.

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