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Câmara requer entrada gratuita ao Parque do Itacolomi para os ouro-pretanos

Um requerimento que solicita ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) a gratuidade da entrada ao Parque Estadual do Itacolomi para os ouro-pretanos foi aprovado nesta quinta-feira (2).
02/09/2021 às 20:09
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Foto: Governo de Minas Gerais
Foto: Governo de Minas Gerais

Na 62ª Reunião Ordinária da Câmara de Ouro Preto, que aconteceu na manhã desta quinta-feira, 2 de setembro, o vereador Alex Brito (Cidadania) apresentou o Requerimento 398/2021, que solicita ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) a gratuidade da entrada ao Parque Estadual do Itacolomi para os ouro-pretanos. O documento foi aprovado pela Casa com 11 votos. Hoje, o acesso ao local custa R$ 20 por pessoa.

A justificativa para esse requerimento é que neste momento de pandemia, o Parque Estadual do Itacolomi pode ser importante para a prática de atividades de lazer ao ar livre. Além disso, entende-se que a prática de mountain bike e caminhada no local poderia ser totalmente gratuito aos moradores da cidade, visto que o parque é um patrimônio dos ouro-pretanos.

“É importante ressaltar que o Parque do Itacolomi é um patrimônio ouro-pretano, é nosso. Então, não há justificativa para que seja cobrada a entrada dos ouro-pretanos, tanto para passeios quanto para práticas esportivas de trekking, caminhada, mountain bike, escaladas, entre outros. Então, estou solicitando ao IEF a gratuidade total para os ouro-pretanos. É muito importante que neste momento de pandemia, possamos fazer exercícios ao ar livre, com espaçamento. Então, nada melhor do que um parque que é nosso, está dentro da nossa cidade e é de propriedade dos ouro-pretanos. Claro que o parque tem seus custos, mas ele é estadual e nós já pagamos impostos para isso. Então, não justifica a cobrança para a entrada dos ouro-pretanos”, afirmou Alex Brito, autor do requerimento.

O vereador Naércio França (Republicanos), pediu para assinar o requerimento com Alex e ressaltou a gratuidade para a entrada nas igrejas de Ouro Preto para a população local para título de comparação. “Nas nossas igrejas ouro-pretanas, quando temos um comprovante de endereço, não pagamos a taxa. Então, vamos procurar nos arquivos para saber todas as especificidades das legislações existentes. Eu acho um ganho muito grande para aquelas pessoas que praticam esportes radicais na cidade”, disse.

A vereadora Lilian França (PDT) também pediu para assinar tal requerimento com Alex Brito e ressaltou a importância do cidadão ouro-pretano ter o sentimento de pertencimento com o que é da cidade. “As pessoas entenderem que é propriedade nossa e que fazemos uso daquilo é muito importante. A gente tem que aprender a ocupar o nosso espaço em Ouro Preto. Não tem nada que cobrar do povo de Ouro Preto não”, reforçou.

Para Júlio Gori (PSC), que também pediu para assinar tal requerimento, disse que o povo ouro-pretano é “muito pacífico”. Comparou a situação com a da Saneouro na cidade e recomendou que sejam feitas manifestações para o próximo dia 7 de setembro reivindicando o acesso grátis ao parque. Além disso, o vereador defendeu a gratuidade no local para todos, inclusive turistas.

“O povo de Ouro Preto é muito pacífico, porque se fosse em outro lugar, pessoal entrava ‘daquele naipe’. Instituto Estadual de Florestas é do povo, a gente já paga imposto. Quando cobra uma portaria para entrar em um parque, quem usa e paga, se acontecer algum acidente, quem tem que indenizar é o Estado, porque estão cobrando a entrada. Eu não acho que tinha que cobrar nem para turista, porque isso espanta. O povo quer vir conhecer e toda hora tem que pagar aqui e ali, está errado”, comentou.

Por fim, o vereador Alessandro Sandrinho (Republicanos), assim como Matheus Pacheco (PV), também pediu para assinar o requerimento de Alex Brito e comentou que a entrada gratuita ao parque pode contribuir para a conscientização da população quanto à preservação do local. “Isso (a gratuidade) torna o cidadão mais amigo, em querer preservar, ajudar. Vimos recentemente incêndios lá que destruiu grande parte da floresta, então, estamos juntos”.

Parque Estadual do Itacolomi

O Parque Estadual do Itacolomi é uma unidade de conservação estadual de projeto integral situado nas cidades mineiras de Ouro Preto e Mariana, sob a responsabilidade do IEF em Minas Gerais. Criado através da Lei Estadual 4.495/1.967, com uma área territorial de 7.543 hectares e altitudes variáveis entre 700 e 1.772 metros. Está aberto para visitação pública desde maio de 2004.

A área onde é localizada o Parque do Itacolomi fica na parte sul da Serra do Espinhaço. Sua área é composta por regiões de Mata Atlântica, com afloramentos rupestres nas porções mais elevadas, além de sua grande beleza cênica, rica em biodiversidade e geodiversidade, é também um marco histórico-cultural.

O parque possui algumas estruturas, com um centro de visitantes, a casa bandeirista e o museu do chá. A visitação é autoguiada tanto na parte histórica quanto nas trilhas. Os monitores estão à disposição dos visitantes para trocar experiências e realizar atividades ambientais. Lá criou-se, ao longo dos anos, programas ambientais e educacionais que visam sensibilizar a comunidade para a preservação do meio ambiente em conjunto com diversas ações que culminam na recuperação e preservação das florestas naturais.

Última atualização em 19/08/2022 às 07:32