O best-seller “O Alquimista” (1988), do escritor brasileiro Paulo Coelho, conta a história de Santiago, um jovem pastor andaluz que, depois de sonhar repetidamente com as pirâmides e depois de algumas incertezas, decide ir atrás delas. Em sua viagem ao Egito, ele enfrenta muitas dificuldades que ele consegue superar, entre outras coisas, ao encontrar um rei, um inglês e uma mulher que se estabeleceu no deserto. Quando ele chega a um oásis no meio do deserto, ele finalmente conhece um alquimista que o guia em seu caminho e ensina a chamada “linguagem do mundo”. No final do romance, Santiago parece estar de volta ao ponto de partida de sua jornada. Desta vez, no entanto, ele permanece como uma pessoa completamente diferente em frente à igreja abandonada em que ele já havia sonhado o Egito.
Antes do prólogo começar, Coelho cita um trecho do evangelho de Lucas (Lc 10:38-42). Trata-se de duas imagens diferentes de mulheres, que diferem no seguinte: Maria ouve ansiosamente as histórias do “Senhor”, enquanto a segunda mulher chamada Marta tenta servi-lo. Na mesma medida em que a primeira mulher, Fátima, a “mulher do deserto” mencionada anteriormente, ouviu as histórias de Santiago com grande entusiasmo e, assim, “escolheu a parte boa” e “que não deve ser tirada dela”. No curso posterior do romance, o viajante se apaixona por ela.
O versículo da Bíblia é uma alusão à juventude do autor, na qual ele frequentou uma escola jesuíta e foi influenciado religiosamente por seus pais em tenra idade. Assim, motivos bíblicos como a caridade também desempenham um papel maior no romance. A ideia da viagem também se baseia em experiências próprias que Coelho teve na juventude quando viajou pela Europa e norte da África, entre outras coisas, apesar da contradição de seus pais. Por isso, ele dedica um capítulo ao histórico familiar.
Com não mais que 176 páginas, este trabalho é um romance comparativamente curto. Não se deixe enganar, no entanto, porque Coelho leva os leitores a uma jornada que parece envolver a vida toda. No início da história, Santiago está tão acostumado ao seu trabalho como pastor que hesita em seguir seu sonho até encontrar um intérprete de sonhos.
Melquisedeque, rei de Salém, o encorajou a levar um navio para o Egito e deixar sua vida para trás. Uma vez lá, ele tem que enfrentar a barreira do idioma, um novo ambiente e a percepção de que ele podia ver o mundo através dos olhos de uma vítima pobre e roubada ou como um aventureiro procurando um tesouro. Santiago escolhe o caminho do aventureiro, e é essa decisão que molda o restante do livro, o impede de desistir e supera suas dúvidas. Outro encontro importante para Santiago é o do comerciante de cristais, porque ele ensina que todo mundo tem sua própria compreensão dos sonhos e da realização deles. Acontece que o comerciante tem medo de realizar seu sonho, porque não tem incentivo. Então, ele prefere não perseguir seus sonhos ao contrário