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O que o PSG precisa fazer para finalmente ganhar a Liga dos Campeões?

Na atual temporada, 2022/23, os parisienses mais uma vez se encontram nas cordas.
28/02/2023 às 07:19
Tempo de leitura
5 min
Equipe francesa acumula fracassos no torneio - Foto: PSG_Inside
Equipe francesa acumula fracassos no torneio - Foto: PSG_Inside

Não é novidade para ninguém que o Paris Saint-Germain é um dos clubes mais ricos do mundo e conta com um elenco recheado de estrelas. A equipe francesa foi adquirida pelo fundo Qatar Investment Authority em maio de 2011, com os cataris adquirindo na época cerca de 70% do clube por algo em torno de €50M. De lá pra cá, o clube conquistou a Ligue 1 em oito de onze edições possíveis. Fora múltiplos outros títulos de copas domésticas. Entretanto, o grande objetivo do PSG sempre foi o primeiro título da Liga dos Campeões, que até hoje não chegou.

O que o PSG precisa fazer para finalmente ganhar a Liga dos Campeões?
Equipe francesa acumula fracassos no torneio - Foto: PSG_Inside

Projeto foi um enorme fracasso no cenário europeu nesses onze anos

Para se ter uma ideia, antes de se tornar uma superpotência financeira, o PSG tinha apenas dois títulos de Ligue 1 e era somente o 10° maior vencedor do torneio na era profissional. Na fase rica, conquistou mais oito títulos e empatou com o Saint-Étienne como o maior vencedor (10). Na atual temporada, conduz mais uma campanha tranquila, tem cinco pontos de vantagem para o vice-líder Marseille e deve conquistar seu 11° título, se isolando como o maior vencedor da Ligue 1. A disparidade para todo o resto da França é enorme.

Por isso, todas as ressalvas são feitas na hora de analisar o desempenho esportivo dos parisienses. É como se quase a Liga dos Campeões fosse a única coisa que importasse. Antes da grana chegar, o PSG havia participado da Champions apenas cinco vezes em 42 temporadas desde a sua fundação. De lá pra cá, participou de todas – de 2012/13 em diante. De início, chegaram nas quartas em quatro de quatro temporadas possíveis.

Mas o projeto degringolou e foram três quedas nas oitavas entre 2016/17 e 2017/19: a virada histórica sofrida para o Barcelona em 2017; a goleada por 5-2 sofrida pro Real Madrid em 18, na primeira temporada de Neymar pelo clube; a insólita virada sofrida pra um modesto elenco do Manchester United em 19. Em 2019/20, o time até conseguiu chegar na final, mas perdeu para o Bayern. Algo promissor parecia estar sendo construído em Paris, até que meses depois Thomas Tuchel foi demitido. De lá pra cá, queda nas semifinais pro Manchester City em 2021 e nova virada sofrida no ano passado – dessa vez, pro Real Madrid.

Novas mudanças no PSG são quase que inevitáveis

Na atual temporada, 2022/23, os parisienses mais uma vez se encontram nas cordas. O time está à beira de mais uma eliminação nas oitavas, dessa vez para o Bayern, carrasco de 2020. Para essa temporada, o PSG trocou o treinador Mauricio Pochettino por Christophe Galtier. E fez uma mudança ainda mais importante na sua estrutura, quando demitiu o dirigente brasileiro Leonardo, que era quem distribuia as cartas no projeto do clube, e o substituiu com o português Luis Campos. De início, pareciam boas escolhas, até que tudo começou a desmoronar após a Copa do Mundo.

Na última rodada da Ligue 1, o astro Neymar lesionou o tornozelo mais uma vez e deve ficar de fora do jogo contra o Bayern. Essa é a sexta temporada dele, que em 2017 foi contratado pelos parisienses pelo valor recorde de €222M, e essa pode ser a terceira vez que o PSG é eliminado na Liga dos Campeões sem Neymar disponível no jogo de volta (assim como em 2018 e 19). O brasileiro, agora com 31 anos, pode estar de saída na próxima janela. É o caso também de Lionel Messi, que começou a ‘dar pra trás’ em relação a sua renovação. Galtier é outro que não tem vaga garantida para a próxima temporada. Novas mudanças podem estar a caminho para o PSG. E mudanças grandes.

Como virar a eliminatória e eliminar o Bayern em plena Allianz?

Mas antes de lamentar mais um fracasso, é fato que o PSG ainda está vivo. Respira por aparelhos, sim, mas ainda tem suas chances. Perdeu por 1 a 0 na ida. Sem a regra do gol fora, qualquer vitória francesa por um gol de vantagem levará a partida para a prorrogação na Allianz Arena. Uma vitória por dois ou mais gols garantiria a vaga para as quartas. É difícil, mas não impossível, ainda mais para quem tem Messi e Mbappé, dois dos melhores jogadores do mundo e que impressionaram o mundo na última Copa do Mundo.

Com Neymar praticamente descartado, a virada francesa parisiense passa muito por essa dupla. Se estiverem em um dia bom, as chances aumentam e muito. Obviamente, o resto do time precisa contribuir, sobretudo no que tange ao sistema defensivo, que é bastante frágil. O PSG já esteve no outro lado da moeda em diferentes oportunidades. Em 2017, estavam a sete minutos de confirmar a vaga para as quartas. A vantagem era muito confortável. Mas como diria o outro, o impossível aconteceu. Sob a batuta de Neymar, o Barcelona marcou três gols em um espaço de sete minutos, solidificando a virada mais épica da história do esporte. Dessa vez, precisando de algo bem mais realista, o PSG pode dar a última risada.

Última atualização em 28/02/2023 às 07:20