O nosso corpo possui mecanismos para reagir aos ataques de bactérias, vírus e outros micro-organismos. O sistema imunológico funciona como uma barreira de células de diferentes tipos e funções que atuam defendendo nosso organismo de doenças.
O vírus HIV liga-se a uma das células de defesa, penetrando no seu interior para se multiplicar. Devido ao frequente ataque pelo vírus, o sistema de defesa vai perdendo sua eficiência tornando o corpo mais vulnerável a doenças e infecções comuns. Nessa fase em que o organismo fica enfraquecido e susceptível a doenças oportunistas é que se atinge o estágio mais avançado da doença e pode-se dizer que o indivíduo possui AIDS. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento e o doente pode ser acometido por hepatites virais, tuberculose, toxoplasmose, pneumonia, etc.
A transmissão do vírus da AIDS ocorre por meio da penetração de secreções contaminadas- por exemplo, sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno- no organismo de outra pessoa, o que pode ocorrer através de relação sexual (heterossexual ou homossexual) desprotegida, compartilhamento de seringas, acidentes com instrumentos perfurocortantes não esterilizados, transfusão de sangue contaminado ou pela transmissão vertical (de mãe para filho) durante a gestação, parto ou amamentação.
Aqueles que passaram por uma situação de risco, como sexo desprotegido ou compartilhamento de seringas, devem procurar uma unidade de saúde imediatamente para informar-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e fazer o teste anti- HIV. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
Para prevenir a transmissão da AIDS, recomenda-se o uso de preservativo durante as relações sexuais, a utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, além da prévia análise de sangue e hemoderivados a serem utilizados para transfusão. As mães infectadas pelo vírus HIV devem usar medicamentos antirretrovirais durante a gestação e após o parto devem evitar amamentar seus filhos de modo a evitar a transmissão vertical.
As pessoas diagnosticadas com o vírus HIV devem iniciar o tratamento com antirretrovirais assim que o vírus for detectado, a fim de evitar que ocorra a multiplicação do vírus e o consequente ataque ao sistema imunológico que faz com que ocorra enfraquecimento do organismo e assim o aparecimento da AIDS.