País de Gales volta à Copa do Mundo após 64 anos, sob a batuta de Gareth Bale

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Na última e única vez que País de Gales disputou a Copa do Mundo, em 1958, o Brasil apenas caminhava para sua conquista mundial. Agora, 64 anos depois e com inúmeras mudanças no futebol e no mundo, os galeses retornam ao torneio, empurrados pela histórica geração de Gareth Bale.

Durante anos, País de Gales não conseguiu montar times competitivos a nível internacional, apesar de produzir algumas estrelas, como Ryan Giggs e Ian Rush. Da década de 2010 em diante, porém, a situação mudou. Com o surgimento de Gareth Bale, revelado pelo Southampton-ING e projetado pelo Tottenham-ING, os cerca de 3 milhões de galeses passaram a, novamente, se ilusionar por uma seleção nacional forte. Aliado ao promissor meia-esquerda, outros atletas começaram a aparecer com certo destaque, principalmente de clubes da Premier League.

País de Gales volta à Copa do Mundo após 64 anos, sob a batuta de Gareth Bale
Bale é um dos maiores jogadores do futebol no atual século - Foto: Divulgação/Gales

Foram esses jogadores que, já em 2016, fizeram história recolocando País de Gales numa edição da Eurocopa pela primeira vez em todos os tempos. Como se não bastasse a já louvável participação, o time foi além e chegou à semifinal, sendo eliminado somente pelo campeão Portugal. Na sequência do ciclo, novos resultados importantes surgiram, com a mesma base de sempre. Joe Allen, Aaron Ramsey e Wayne Hennessey formaram, ao lado de Bale, uma espinha dorsal que possibilitou à equipe sonhar com novas conquistas.

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Time do País de Gales conta com vários remanescentes de 2016
Time conta com vários remanescentes de 2016 – Foto: Divulgação/Gales

Em 2021, Gales voltou a jogar a Eurocopa. Meses depois, os jogadores novamente reescreverem a história, e classificaram o país à Copa do Mundo do Catar. O caminho, porém, não foi fácil. A vaga saiu apenas na última fase da repescagem, em vitória de 1 a 0 diante da Ucrânia. O gol foi de Gareth Bale, como de costume.

Um herói para a eternidade

Os feitos de Bale pela Seleção Galesa definitivamente não se resumem às quatro linhas, apesar dos resultados fantásticos. Afinal, além das classificações, o jogador tem 108 jogos e 40 gols com a camisa vermelha. Bale, porém, sempre foi um símbolo de dedicação ao país e ao time nacional. Nos últimos anos, a carreira do craque desandou por clubes. No Real Madrid-ESP, o camisa 11 deixou de ser peça imprescindível para se tornar um mero reserva que pouco entrou nos jogos. A mesma discrição aconteceu no Tottenham-ING, em passagem por empréstimo durante 2021.

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Na equipe espanhola, a situação se desalinhou várias vezes. Gareth Bale se mostrou, em muitos momentos, desinteressado e pouco focado no time, o que nunca aconteceu quando o assunto era representar o País de Gales. Em 2019, durante uma comemoração com a seleção, o atacante ergueu uma faixa provocativa ao Real Madrid, mas que ao mesmo tempo expunha seu amor pela seleção: “Gales, golfe e Madrid. Nessa ordem”.

Bale festejou e sorriu enquanto segurou a bandeira de provocação - Foto: Reprodução/Internet
Bale festejou e sorriu enquanto segurou a bandeira de provocação – Foto: Reprodução/Internet

Hoje, Bale não é o mesmo de anos atrás, quando chegou a ser considerado o jogador mais veloz do mundo. Aos 33 anos de idade, o ponta defende o Los Angeles FC, dos Estados Unidos. Apesar do declínio na carreira, no entanto, o atleta promete fazer uma grande Copa do Mundo, afinal, pode ser sua única chance de representar o país em um mundial.

Defesa em primeiro lugar

A ideia de jogo do técnico Rob Page privilegia, inicialmente, uma defesa sólida e que ceda poucos espaços aos adversários. País de Gales atua com uma linha de 5 defensores, seguida de dois meio-campistas e um rápido trio de ataque. O destaque fica por conta dos alas Neco Williams (Nottingham Forest-ING) e Connor Roberts (Burnley-ING), que têm a missão de executarem, na mesma intensidade, papéis defensivos e ofensivos.

No ataque, as apostas são na qualidade acima da média de Bale e na velocidade de Daniel James (Leeds United-ING). O homem de referência é Kieffer Moore (Borunemouth-ING), que também oferece mobilidade.

Ao lado de Inglaterra, Irã e Estados Unidos, Gales faz parte do Grupo B. A expectativa para a chave é que os ingleses avancem sem sustos na liderança. Por outro lado, o equilíbrio deve tomar conta da segunda vaga, abrindo possibilidades reais de classificação para os outros três países.

A convocação dos 26 jogadores que irão representar País de Gales na Copa do Mundo já foi divulgada. Sem grandes surpresas, a lista é formada com maioria de atletas que atuam no futebol inglês.

  • Time base (3-43): Wayne Hennessey (Nottingham Forest-ING); Neco Williams (Nottingham Forest-ING), Ethan Ampadu (Nottingham Forest-ING), Joe Rodon (Rennes-FRA), Ben Davies (Tottenham-ING) e Connor Roberts (Burnley-ING); Joe Allen (Swansea-GAL) e Aaron Ramsey (Nice-FRA); Gareth Bale (Los Angeles-EUA), Daniel James (Leeds United-ING) e Kieffer Moore (Bournemouth-ING).
  • Técnico: Ron Page
  • Capitão: Gareth Bale
  • Destaque: Gareth Bale
  • Jogos: Estados Unidos (21/11), Irã (25/11) e Inglaterra (29/11)
  • Prognóstico: Disputa pela segunda vaga do grupo
  • Melhores participações: 1958 (quartas de final)
  • Ídolos históricos: John Charles, Ryan Giggs e Ian Rush
  • Maior goleador: Gareth Bale (44 gols)
  • Jogador que mais vezes atuou: Chris Gunter (109 jogos)
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