Após acompanhar o pleito eleitoral no Brasil no último domingo(07), a comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA), que veio ao Brasil com a missão de observar o processo eleitoral, divulgou seu relatório.
O documento afirma não haver qualquer indício de fraude nas urnas eletrônicas e elogiou a logística da Justiça Eleitoral, considerando à “enorme complexidade” em relação à extensão territorial e o grande número de eleitores brasileiros.
“A missão reconhece o trabalho e o esforço das autoridades eleitorais brasileiras para enfrentar este enorme desafio, e destaca o profissionalismo e a perícia técnica com os quais organizam o processo eleitoral”, afirma um integrante da OEA.
A missão cita ainda alguns problemas como a presença de filas em mais da metade das seções observadas, devido à grande circulação de eleitores e problemas na identificação biométrica. Além disso, a nota mostra preocupação com a polarização e agressividade exacerbada por parte dos eleitores o que, segundo eles, são as maiores ameaças ao processo eleitoral.
Sobre isso, a missão recomenda aos candidatos que foquem em propostas no segundo turno, ao invés de promoverem ataques pessoais ou tentativas de desqualificar o adversário.
Outra crítica feita, diz respeito aos prazos legais sobre deferimentos ou não de candidaturas. A morosidade, fez com que muitos candidatos fossem para as eleições sem uma resolução definitiva sobre suas candidaturas, o que gerou “incerteza no processo eleitoral”, afirma o documento.
A comissão composta por 41 especialistas e observadores de 18 nacionalidades, vistoriou um total de 390 seções eleitorais, em 12 estados e no DF.
A OEA afirmou que continuará à observação no segundo turno e recomendou que as candidaturas aumentem o número de representantes para fiscalizar o voto.
Por fim, a nota elogia a hospitalidade brasileira.
“A Missão agradece ao Governo do Brasil pelo convite para observar estas eleições e ao Tribunal Superior Eleitoral pela sua abertura e cooperação. Igualmente, destaca a hospitalidade do povo brasileiro”, encerra.
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