Completando um ano e cinco meses nesta quinta-feira (25), desde o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, 11 pessoas vítimas da tragédia ainda estão desaparecidas. No total 259 pessoas morreram, e as buscas estão suspensas desde o início da pandemia, em março deste ano. As famílias das vítimas, ainda desaparecidas, lutam pela retomada das buscas, e a nova previsão é para a segunda quinzena de julho.
Assim como em todo dia 25, manifestações em forma de homenagens são feitas na entrada da cidade de Brumadinho. Dessa vez os familiares irão manifestar com faixas dizendo “Sem buscas sem esperança do encontro”. Apesar da paralisação ser necessária no atual momento pandêmico, familiares esperam, incansavelmente, por respostas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a data de 17 de junho era uma previsão estabelecida para retomada. Mas precisou ser adiada garantindo a segurança dos atuantes.
Durante a quarta-feira (24), um grupo de familiares se reuniu com o governador do estado, Romeu Zema (Novo), que informou que a previsão para as retomadas das buscas é para a primeira quinzena de julho. Entretanto, a retomada acontecerá apenas caso os protocolos de segurança sejam aprovados pelo comitê extraordinário da Covid-19.
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As homenagens
Todo dia 25, na entrada da cidade, familiares e amigos prestam homenagens às vítimas às 12h30 – horário em que as vítimas morreram. O horário e data, considerados sagrados pela população, é uma forma de além de homenagear, lutar para não deixar que as pessoas se esqueçam do que aconteceu no dia 25 de janeiro.
A passeata faz um percurso de quase dois quilômetros com cartazes e rosas, além de falarem o nome das vítimas da tragédia. Um coral infantil também faz parte da passeata.
Um ano e cinco meses depois da tragédia, o que resta é luto e um sentimento de justiça.