Aconteceu na tarde desta sexta-feira, 1º de julho, a condução de Ronaldo Alves Bento para a função de prefeito interino, atendendo a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 30 de junho, que deferiu a imediata suspensão de Juliano Vasconcelos Gonçalves à frente do município e a assunção do vice-presidente do Legislativo para o seu lugar.
Juliano foi afastado da Chefia do Município após a Justiça Eleitoral entender que o atual presidente da Câmara não poderia permanecer na titularidade do Executivo Municipal porque é irmão de Duarte Júnior, ex-prefeito que esteve por dois mandatos, o que representa a continuidade da mesma família no poder, caracterizando como violação da Inelegibilidade Reflexa Sucessória, prevista no parágrafo 7 do art. 14 da Constituição Federal.
Art. 14, 7º – São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Veja aqui mais detalhes sobre o caso.
No seu primeiro pronunciamento, feito ainda na Câmara, Ronaldo Bento disse que está assumindo o cargo de prefeito de “uma forma muito perene e muito passageira”, e assumiu o compromisso de terminar todas as obras em andamento iniciadas por Juliano Duarte. O agora prefeito de Mariana também fez um resumo das suas ações à frente da Chefia do Legislativo e informou que no seu governo “não haverá perseguição política”.
Ronaldo Alves Bento
Ronaldo Bento é advogado, pós-graduado em Direito do Trabalho e militante nas áreas Criminal e Cível. É vice-presidente do Sindicato Metabase Mariana e foi presidente sindical no período de 2013 a 2017. Preside a Comissão Permanente de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Mariana no biênio 2019-2020.
Casado, pai de dois filhos, atua na mineração ao longo de duas décadas e é funcionário da VALE há 19 anos.
Candidatou-se pela primeira vez em 2012 e obteve 690 votos, ficando como 1º suplente pelo PSL. Nas Eleições 2016, foi eleito vereador pelo PSB com 1.304 votos. Nas Eleições 2020, foi eleito vereador pelo PSB com 1.360 votos, sendo o segundo vereador mais bem votado.
