Ao falar de nutrição e alimentação é preciso considerar um item de grande importância: o sabor dos alimentos.
Para escolhermos qual alimento iremos consumir, avaliamos inúmeros parâmetros, dentre eles a qualidade nutricional, a composição, mas principalmente o sabor. Instintivamente, muito antes de considerarmos o valor nutricional agregado a um alimento fazemos escolhas alimentares priorizando aquele alimento cujo sabor nos apetece mais.
As papilas gustativas da língua são responsáveis por identificar os quatro sabores básicos: amargo, azedo, doce e salgado, dessa forma, para que possamos perceber o sabor do alimento, além do paladar, precisamos do auxílio de outro sentido: o olfato. Quando são captadas as moléculas odoríferas do alimento que está sendo mastigado, o cérebro soma as informações captadas pelas papilas gustativas com as do olfato resultando assim no reconhecimento o sabor do alimento.
Assim como o paladar e olfato, o sentido da visão também nos auxilia nas escolhas alimentares, pois por meio dele, analisamos, por exemplo, a coloração e o modo de apresentação dos alimentos. Deve-se considerar, ainda, que o nosso paladar é influenciado pela cor dos alimentos, visto sendo que algumas cores despertam e estimulam nosso paladar enquanto outras são consideradas menos estimulantes.
Além dos sentidos que nos permitem identificar o sabor dos alimentos a memória alimentar tem papel importante no processo de escolha do alimento que desejamos consumir, pois, aqueles que associamos com lembranças desagradáveis, como por exemplo, algum sintoma gastrointestinal, serão preteridos enquanto aqueles associados a recordações agradáveis serão sempre escolhidos em ocasiões posteriores.
Nossas preferências alimentares estão associadas a muitas características fisiológicas, mas principalmente às nossas experiências anteriores; o que nos mostra que até mesmo o nosso paladar faz parte daquilo que somos e ajuda, assim, a contar nossa história.
