O aleitamento materno é de fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento infantil, desse modo, recomenda-se que seja feito de forma exclusiva até os seis meses de idade, sem a necessidade da oferta de outros alimentos ou bebidas, nem mesmo água, visto que o leite materno é capaz de fornecer todos os nutrientes que o bebê precisa durante esse período da vida. Orienta-se, também, que após os seis meses a amamentação seja complementada com novos alimentos, mas mantida até pelo menos o segundo ano de vida da criança.
O leite materno é uma importante fonte de nutrição para o lactente, pois é composto por proteínas, gorduras e carboidratos, sendo capaz de proteger a criança contra alergias, desnutrição, obesidade, doenças digestivas, além de ajudar no desenvolvimento da arcada dentária. E diminui, ainda, o risco da ocorrência de colesterol alto, hipertensão e diabetes na fase adulta.
O aleitamento funciona como o principal fator de proteção da saúde da criança, e só possui vantagens: não tem risco de contaminação, está sempre pronto para o consumo, na temperatura adequada sendo de fácil transporte e de baixo custo, pois, quanto mais a mãe amamenta, mais leite é produzido.
O leite materno possui três fases:
- Colostro: é o primeiro leite produzido pela mãe após o parto; é rico em proteínas, anticorpos, vitaminas e minerais. É considerado a primeira vacina do recém-nascido e protege contra infecções e auxilia no desenvolvimento do intestino imaturo do bebê.
- Leite de transição: é a segunda etapa da produção do leite materno, e ocorre entre as duas primeiras semanas após o nascimento do bebê. Nessa fase ocorre considerável aumento no volume e do valor calórico do leite, o qual possui maior quantidade de gorduras e vitaminas.
- Leite maduro: ocorre após as duas semanas do parto, possui produção regulada de acordo com as necessidades do bebê. Durante esta etapa é comum que algumas mulheres pensem que a sua produção de leite diminuiu ou que o leite esteja “secando”, mas essa dúvida não procede, visto que ainda que o leite maduro seja produzido em menor quantidade que o de transição, ele contém todos os nutrientes que o bebê necessita e mesmo em menores quantidades é adequado e suficiente para que o lactente seja bem nutrido.
A amamentação além de nutrir o bebê proporciona benefícios também para as mães, visto que auxilia na criação do vínculo entre a mãe e o filho, ajuda na perda de peso, protege contra doenças cardiovasculares, câncer de mama e ovários, contribui para que o útero volte ao tamanho normal e ainda funciona como um método contraceptivo natural.
Não existe leite fraco! Cada mãe produz o leite com a composição adequada para a nutrição do filho, basta que seja respeitada a livre demanda e ofereça-se o seio materno de acordo com a manifestação de desejo do bebê. O aleitamento pode ser considerado o primeiro ato de amor da mãe para o filho, pois é o primeiro, mais saudável e completo alimento oferecido, o qual , além de tudo, é capaz de gerar benefícios que se perdurarão ao longo vida.