Os belo-horizontinos que compõem o grupo Baianas Ozadas tem um caminho longo pela frente. O grupo irá realizar dezessete apresentações neste carnaval, a primeira delas foi realizada na noite dessa quinta-feira (20), lo Largo do Cinema, em Ouro Preto (MG).
O show do Baianas Ozadas recebeu o bloco Vermelho i Branco que se concentrou das 20h até às 23h no bairro Rosário. O grupo esperou o bloco chegar ao Largo do Cinema e somente após a bateria ir embora que o grupo subiu ao palco. A banda iniciou o show com uma abertura instrumental que fundia música baiana com rock, num fusion que trouxe euforia ao público, em seguida a cantora Liza e o novo vocalista Dedê chegaram sacudindo o público com o clássico “Levada Louca”, de Ivete Sangalo.
Antes do show do bloco chegar e o grupo começar a tocar, a artista Olga Chaves tocava a “Oficina de Máscaras”. Foi montada uma tenda no local oferecendo pintura facial gratuita para o público adulto e infantil. Popularmente conhecida como “Tia Olga”, a artista não parava um minuto, “aqui a gente tem um mostruário para a pessoa escolher como quer fazer e também eu pergunto se a pessoa tem alguma coisa em mente, se eu souber fazer eu faço se eu não souber eu busco na internet rapidinho e consigo fazer”, explicou Olga ao MM. A “Oficina de Máscaras” é uma iniciativa da prefeitura de Ouro Preto. Até às 23h25 Olga já tinha “mascarado” oitenta e duas pessoas, “a fila ta grande”, exclamou a artista.
Poli Paixão, produtora do grupo contou ao portal Mais Minas como surgiu o grupo, “O criador do baianas é baiano, e aí em 2012 ele ficou em Belo Horizonte por causa de um amigo, e então estava surgindo o carnaval, o movimento ‘Fora Lacerda” e tal, uma movimentação política, ele pegou seis amigos e falou ‘mãe por favor faça sete saias brancas”, a mãe dele costura super bem. Então saíram, os sete vestidos de baianas, como se fossem as baianas de Salvador e invadiram os blocos que já existiam, foi assim que surgiu o Baianas Ozadas. Em 2013, o Baianas já saiu como um bloco, na época era uma bicicleta elétrica que ninguém nem pensava em ter dinheiro, nem nada. O carnaval era uma bicicleta sonorizada com pelo menos quarenta pessoas na bateria que ensaiavam lá na casa dele e daí pra frente foi um crescimento absurdo”.
Leonardo Leleo, regente da bateria Ozadas e percussionista contou a reportagem do MM que o show do carnaval deste ano trará clássicos da música baiana, mas também algumas novidades “a expectativa é de fazer um bom show, pra deixar o público bem animado, a gente preparou tudo com carinho, aquelas músicas que todos sempre gostam, trazer também um pouco do axé mais retrô vamos dizer assim. A gente tem os clássicos do carnaval como “Arerê”, como “Mila”, “Faraó” e a gente ta trazendo algumas músicas novas como as do Léo Santana, Ludmila por exemplo, e aí a gente chega daquele jeito que o mineiro e o baiano gostam”.
Leleo disse que a bateria começa a ensaiar setembro para quando chegar o carnaval estar tudo acertado. Carinhosamente o músico convidou as pessoas a participarem dos shows, “vamos que vamos, recebam essa energia, estamos aqui fortalecendo o convide, estamos aqui para fazer aquele show bacana, e aquele show pancada na pressão e vamos que vamos, espero que vocês gostem aí e vamos que vamos com muito axé, recebam essa energia!”
Poli Paixão falou um pouco sobre o carnaval do grupo na capital mineira “a gente ta indo pro nosso oitavo desfile em Belo Horizonte, em com uma expectativa muito boa, o carnaval de Belo Horizonte tem crescido muito, a cada ano que passa a gente tem uma expectativa ,maior de público, isso é muito interessante, é uma forma diferente de se ver a cultura no estado que até então tava bem esquecida”, encerrou a produtora.