O Gabinete Militar do Governador (GMG) e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) informou na manhã de terça-feira, 11 de janeiro, que recebeu, através de um telefonema da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que houve a a barragem B2, na mina de Fernandinho, em Rio Acima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, elevou para nível 2 de emergência.
A situação acontece por conta de problemas estruturais em um canal que conduzia o controle de água na barragem. Técnicos da CSN atuam com intervenções no local desde as primeiras horas de hoje, tentando recuperar o canal destruído. Um morro desbarrancou devido às chuvas e atingiu o canal que havia sido construído em dezembro do ano passado para fazer o descomissionamento da barragem, programado para acontecer em fevereiro.
Com 33 metros de altura e cerca de 400 mil metros cúbicos de água e rejeito, a barragem B2 de Fernandinho é considerada uma estrutura “pequena” em comparação com outras barragens, como por exemplo, que romperam em Brumadinho, de 12,7 milhões, e Mariana, com mais de 40 milhões de rejeitos.
Porém, por ser composta majoritariamente por água, a barragem em Rio Acima é considerada mais fluida, o que poderia, em caso de rompimento, atingir o Rio das Velhas.
De acordo com com o comunicado emitido pela Defesa Civil de Minas Gerais, os órgãos responsáveis pela fiscalização das barragens de mineração fazem vistoria no local na manhã de hoje.
O nível de emergência 2 não indica risco iminente de rompimento da estrutura. Ainda segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, todas as ações para o monitoramento e acompanhamento da situação estão sendo realizadas pelos órgãos competentes.
Confira a nota da Minérios Nacional sobre o caso>
“A Minérios Nacional informa que, em razão do grande volume de chuvas nos últimos dias em Minas Gerais, e em alinhamento com a empresa projetista Fonntes Engenharia, acionou o nível 2 de emergência da barragem conhecida como B2, localizada em Rio Acima (MG), conforme orientações do Plano de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM). A empresa reforça que não há moradores na Zona de Autossalvamento (ZAS) e está trabalhando para minimizar os impactos na estrutura. Com a redução das chuvas será possível avançar nos reparos para restabelecer o nível de segurança. Por fim, informa que os órgãos competentes já foram avisados, e segue à disposição das autoridades.”
Congonhas
Em outra barragem da CSN, a Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou na terça-feira que a empresa, proprietária da barragem Casa de Pedra, em Congonhas, adote medidas para corrigir as erosões em um dique da estrutura. Segundo a ANM, a barragem não corre risco iminente de rompimento, mesmo tendo erosões e trincas constatadas, que seriam normais em barragens em épocas de chuva.