áNa última sexta-feira (05), o presidente da República, Jair Bolsonaro, assinalou que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, poderá deixar o cargo já na próxima segunda-feira (08).
O anúncio foi feito durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. Na oportunidade, Jair Bolsonaro afirmou: “segunda-feira vai ser o dia do ‘fico ou não fico”.
O presidente da República ainda destacou “que está bastante claro que não está dando certo” , em referência ao trabalho de Ricardo Vélez Rodriguez no Ministério da Educação (MEC). Ainda segundo o presidente, “está faltando gestão” na pasta.
Ministro Ricardo Vélez diz não ter notícia sobre sua possível demissão
Após a divulgação das declarações de Jair Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodriguez, que participava de um evento no interior de São Paulo, foi questionado se deixaria o cargo. “Eu, pessoalmente, não tenho notícia disso. Pergunte a quem é de direito, quem falou isso”, declarou o ministro da Educação em resposta aos jornalistas.
Desde o início do governo, o Ministério da Educação, que é dono de um dos maiores orçamentos do governo federal, se encontra em crise. Disputas internas entre dois grupos de visões diferentes geraram diversos recuos e decisões polêmicas.
Até o presente momento, o saldo de demissões na pasta conta com mais de dez desligamentos de funcionários do mais alto escalão. Também houve cancelamentos e recuos de decisões, além de pedidos de desculpas e a ameaça de que os desencontros internos atrasem a execução de metas e programas prioritário para a educação.
A polêmica mais recente envolvendo o MEC se deu na última quarta-feira (03), quando Ricardo Vélez afirmou que pretende fazer uma revisão nos livros didáticos que remetem a história do golpe de 1964 e do regime militar no Brasil.