O presidente da República, Jair Bolsonaro, começou a semana em um esforço para tentar conter a crise que causou após intervir na política de preços do diesel da Petrobras, na última quinta-feira (11).
Após a intervenção de Bolsonaro, a estatal desistiu de um aumento de cerca de 5,74%, sobre o preço do litro do combustível nas refinarias, que saltaria de R$ 2, 1432 para R$ 2,2662. Com a decisão, a companhia chegou a perder R$ 32,4 bilhões em valor de mercado, tendo uma queda de cerca de 8,5% na Bolsa de Valores de São Paulo.
Nesta segunda-feira (15), Bolsonaro se encontrará com Salim Mattar, secretário especial do Ministério da Economia, e com os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes.
Os encontros de hoje servirão como um apoio para a reunião que Bolsonaro terá na terça-feira (16) com os ministros e responsáveis pela política de preços da Petrobras. Além da equipe técnica da empresa e da equipe de Guedes, os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque farão parte do encontro.
De acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, na reunião de amanhã serão discutidos os aspectos técnicos da decisão pela manutenção dos preços após a intervenção de Bolsonaro, considerada indevida por diversos especialistas por ter sido realizada sem que houvesse uma consulta a Paulo Guedes.
A medida tomada por Bolsonaro é contrária ao que prega o economista do governo, que apesar de não ter sido consultado previamente, declarou que seria possível reverter um quadro que não fosse razoável para a economia. “Uma conversa conserta tudo”, declarou Paulo Guedes quando estava Em Washington, nos Estados Unidos, no sábado (13).
Desde que interviu sobre o reajuste de preço do diesel, Bolsonaro preferiu não fazer qualquer declaração sobre o assunto para a imprensa.