O preço dos combustíveis vai subir a partir de fevereiro. Desta vez, o aumento não está relacionado à Petrobrás e sim à decisão do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz) de descongelar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Como os postos não conseguem arcar com o novo aumento, o valor chegará até o bolso do consumidor.
Com o descongelamento do ICMS sobre combustíveis, o litro da gasolina direto na bomba, que é o que chega ao consumidor final, pode ter uma alta de R$ 0,027 centavos.
Minas Gerais tem um dos ICMS mais elevados do país. No caso do combustível, o percentual representa 31% no preço da gasolina, 16% no do etanol e 15% no do diesel.
A Petrobras reajustou o preço dos combustíveis nas refinarias no dia 12, o primeiro aumento em 77 dias. A alta foi de 4,85% para a gasolina e de 8,08% para o diesel. Porém, não houve um aumento significativo para os consumidores da região central de Minas Gerais.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), disse ao G1 que a maioria dos estados votou para manter o congelamento do ICMS apenas até o próximo dia 31, porque o governo Jair Bolsonaro não sinalizou que queria dialogar sobre a disparada dos preços dos combustíveis.
Uma reforma tributária e a criação de um Fundo de Estabilização dos Preços dos Combustíveis são as principais propostas dos governadores para resolver o problema. O Governo Federal estuda tais medidas.
No entanto, Bolsonaro já citou algumas vezes que o ICMS alto é um dos principais motivos para se ter alta nos valores dos combustíveis. Enquanto isso, os governadores rebatem, destinando ao mercado mundial de petróleo e as crises geradas pelo presidente, que pressionam o valor do dólar no país, como responsáveis pelo aumento.
A política atual de reajuste da Petrobras se baseia na variação do preço do petróleo e do dólar, regra que Bolsonaro tem criticado e pressionado a estatal para que haja alterações. Por sua vez, a Petrobras diz que o preço flutuante garante a rentabilidade da empresa e evita desabastecimentos.