Um petroleiro de quinze metros partido em dois. Quatro salva-vidas em um barco de madeira contra o vento e as marés. Uma missão: trazer de volta à terra firma trinta e dois sobreviventes à beira do naufrágio. Tudo isso com os meios tecnológicos disponíveis em 1952. Este é o cenário de “Horas Decisivas” (“The Finest Hours”) , produção dos estúdios Disney inspirado em uma história real.
O resgate pode ser acompanhado a partir de três núcleos distintos, mas que se complementam: os habitantes que permanecem no porto, Bernie e sua equipe em busca do navio e, por último, os marinheiros presos a bordo do navio-tanque. As histórias se cruzam durante a cena de resgate.
Com o cuidado de escalar bons atores para os papéis principais, o filme mostra um protagonista tímido, mas forte o suficiente para comandar uma equipe de resgate e fazer com que todos trabalhem em equipe. Aliás, uma bela lição de trabalho em equipe. Como contraponto, em terra firme, a jovem Miriam (Holliday Grainger) mostra que é uma mulher muito à frente de seu tempo, à frente de conceitos e preconceitos em relação ao que se entendia por formas “normais” de se agir em sociedade, grupos ou nações, especialmente na década de 50, nos EUA.
Ao saber que o seu amado pode não retornar, a moça toma a iniciativa de confrontar as ordens de Cluff (comandante da operação de resgate), defendendo o rapaz a quem ela propôs em casamento. Decidida e de personalidade forte, Miriam é um dos destaques da trama.
“Horas Decisivas” mostra personagens que sentem medo, que erram, que fracassam, mas que não desistem de alcançar a glória. Neste caso, isso se aplica aos personagens do filme de um modo geral, uma vez que todos estão envolvidos com o resgate em alto-mar, direta ou indiretamente.
O filme é dirigido por Craig Gillespie e tem Chris Pine, Casey Affleck, Ben Foster no elenco. Duração: 1h57. Assista ao trailer: