Correios suspendem paralisação em todo o país

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Os funcionários dos Correios decidiram, na noite desta última terça-feira (17), que estão suspensas as paralisações, iniciadas no último dia 10, em todo o país. No entanto, os trabalhadores decidiram manter o “estado de greve”. Isso porque a categoria pede reposição da inflação do período e é contra a privatização da estatal, anunciada pelo governo Bolsonaro.

Na última quinta-feira (12), o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maurício Godinho Delgado, já havia determinado que 70% dos funcionários dos Correios voltassem ao trabalho. Deste modo, os funcionários dos Correios aceitaram a proposta do TST de prorrogação do atual acordo coletivo da categoria até a data do julgamento do dissídio coletivo, que acontecerá no dia 2 de outubro, ou até a assinatura de um acordo coletivo de trabalho.

Por meio de nota, os Correios destacaram que a interrupção da paralisação foi a condição para que a estatal aceitasse a proposta do TST de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2018/2019 até a data do julgamento do dissídio. Confira a nota na íntegra:

“Os Correios aguardam o encerramento da paralisação parcial em todo Brasil para consolidarem as informações relacionadas aos impactos nas operações da empresa. As federações têm até as 22h de hoje, terça-feira (17/09/2019), para deliberarem sobre o fim do movimento paredista. Essa foi a condição para que a empresa aceitasse a proposta do Tribunal Superior do Trabalho de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 até o dia 2 de outubro, data do julgamento do dissídio coletivo.

Vale lembrar que foram dois meses de negociação junto às representações sindicais. Os Correios buscaram construir uma proposta de acordo dentro das condições financeiras suportadas pelo caixa da empresa. As federações, por sua vez, reivindicam vantagens impossíveis de serem concedidas no atual momento da empresa, que espera chegar a um entendimento razoável sobre o ACT para retomar o equilíbrio financeiro da estatal.

Desde o início da paralisação parcial, os Correios colocaram em prática um plano de continuidade de negócios, estabelecendo ações de contingência para amenizar eventuais impactos à população. Entre as medidas estão o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação e a realização de mutirões nos fins de semana. As ações contingenciais continuarão a ser adotadas até que as entregas sejam normalizadas. Reiteramos que a rede de atendimento está funcionando normalmente em todo o país”.

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