O campeão nem chegou a ir embora e já voltou! A taça da Copa do Brasil continuará na sua casa favorita por pelo menos mais um ano. O Cruzeiro se sagrou hexacampeão da competição, na noite da última quarta-feira (17), após bater o Corinthians, no Itaquerão, por 2 a 1. Os gols da partida foram marcados pelos meias Robinho e Arrascaeta, pelo Cruzeiro, e o armador Jadson, de pênalti, anotou para o Corinthians.
Logo aos 28 minutos da primeira etapa, o ponta Rafinha roubou a bola e encontrou o argentino Barcos que dominou e chutou. A bola carimbou em cheio trave, mas voltou na medida para o armador Robinho finalizar com muita precisão e abrir o placar.
Já o gol corintiano saiu aos 10 minutos do segundo tempo, após o juiz marcar, com a ajuda do VAR, um pênalti inexistente. Jadson não tinha nada com isso, por isso foi lá é guardou, empatando tudo.
Mas o herói da noite ainda estava por vir. O meia uruguaio Giorgian de Arrascaeta, que havia jogado pouco mais de 24 horas antes do outro lado do mundo, conseguiu chegar a tempo da partida após voar em avião fretado pela diretoria do Cruzeiro. E o homem tem estrela. Aos 37 do segundo tempo, o atacante Raniel recebeu boa bola no meio de campo e lançou para o camisa 10 celeste. A defesa corintiana, já preocupada com o abafa final, estava mal posicionada e por isso Arrascaeta apareceu livre para tocar com muita sutileza por cima do goleiro Cássio e fechar o caixão corintiano.
Polêmicas
E como tem sido em boa parte dos jogos do Cruzeiro, polêmicas não faltaram na partida. Primeiro no lance do pênalti que originou o gol de empate corintiano, quando o placar mostrava 1 a 0 para o time azul. Após tentar dominar uma bola na área, aos cinco da segunda etapa, o meia Thiago Neves acabou perdendo contato com a “redonda” e ela sobrou para o volante Ralf. Ao ver a bola escapando, Neves deu um carrinho, mas percebeu que poderia cometer o pênalti e recolheu os pés. Na passagem, Ralf procurou o contato e tocou de leve na perna do camisa 30 celeste. Após alguns instantes de intensa comunicação entre o trio de arbitragem e os operadores do Árbitro de Vidro (VAR), o juiz Wagner Nascimento decidiu ir até ao monitor do VAR e após analisar o lance, apontou a marca da cal. Um erro injustificável se tratando do auxílio da tecnologia que não foi eficaz num lance claro.
O gol animou o Corinthians que passou a atacar e acuar o Cruzeiro, que contava com o zagueiro Dedé numa noite muito inspirada para rechaçar os perigos criados pelos paulistas. Mas aos 23 minutos do segundo tempo, nova polêmica: após recuperação de bola na intermediária, o garoto Pedrinho foi acionado e chutou de fora. A bola desviou na defesa e encobriu o goleiro Fábio, que completava 799 jogos com a camisa do Cruzeiro. O gol levava a partida para os pênaltis naquele momento e incendiava a Arena Corinthians. Mas a alegria não durou muito. Segundos após o gol o árbitro foi avisado pelo VAR de um tapa que o meia Jadson acertou no peito de Dedé ainda na primeira disputa de bola do lance. Após observar o lance com atenção, Wagner Nascimento voltou a campo e anulou o gol, amarelando o camisa 10 corintiano pela falta.
Na caminhada até o título o Cruzeiro bateu equipes como Atlético-PR, Santos, Palmeiras e por fim o Corinthians. Por ter disputado a Copa Libertadores da América, a equipe celeste entrou diretamente nas oitavas de final da Copa do Brasil.
Com a conquista, o Cruzeiro se tornou isoladamente a equipe com mais títulos da competição. São seis, conquistados nos anos de: 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018. Outro fato curioso é que pela primeira vez na história da Copa do Brasil, um time consegue ser campeão em duas temporadas seguidas.
Premiação
Outro fator que faz a Copa do Brasil ser ainda mais comemorada na Toca da Raposa é a alta premiação ao campeão, que entrou em vigor nessa temporada. O vencedor da final levou a bolada de 50 milhões de reais. Levando em conta os prêmios das outras fases, o Cruzeiro arrecadou 62 milhões na competição.