Quando se fala em ídolos de times de futebol, as primeiras imagens que vem à cabeça são nostálgicas. Jogadores de tempos passados, desfilando em campos, muitas vezes em imagens ainda sem cor, e liderando suas equipes em conquistas históricas.
Há quem defenda que cada vez é mais difícil nascerem ídolos no futebol, principalmente após a globalização do esporte e o amor ao dinheiro e fama se tornarem maiores que o amor pelos clubes e pelo jogo. Particularmente, acredito que esse pensamento não é de todo errado e tampouco julgo quem pensa assim, mas, sei que existem exceções que fogem à regra.
Até mesmo os grandes craques do passado foram, em algum momento, os craques do presente e alguém os viu jogar, ali, ao vivo, antes de qualquer sentimento nostálgico se tornar possível. E acredito que hoje, nós cruzeirenses, somos agraciados com uma dessas gerações, que ficarão para a história. E que daqui a 30, 40 anos, será lembrada com tal nostalgia que se aproximará daqueles do século passado que idolatramos hoje.
A geração atual, vencedora, guerreira e forte é tudo aquilo que um torcedor quer ver no seu time. Nossos atletas podem ter inúmeros defeitos, o futebol as vezes pode não ser tão vistoso quanto o que era praticado por outras equipes celestes, mas garra não falta, tampouco dedicação e amor à camisa. Poder de decisão é “mato”. Dentro de campo são torcedores e fora dele também. Que o diga nossos rivais que estão tendo de aguentar as provocações vindas dos nossos atletas que facilmente se confundem com aquelas que fazemos no dia-a-dia, seja no trabalho, escola ou ali na fila do banco. Esses caras vestiram a camisa de tal modo que esta jamais sairá deles.
Diferente de equipes como a de 2013 e 2014, os jogadores de hoje não defendem sua equipe somente durante os 90 minutos de bola rolando. E isso conquista qualquer torcedor. Títulos e identificação era uma combinação que vinha faltando ao clube e que explica a conexão absurda estabelecida nessa temporada. Ou o time era muito bom, mas sem sangue, ou com raça de sobra e pouca bola. Agora tudo mudou. Nesse 2018, por exemplo, foram dois troféus em quatro disputados, é uma média boa, não é?
E que isso não acabe tão cedo. Que as palmas Vikings continuem a retumbar e fazer Belo Horizonte tremer. Da maneira correta. Porque diferentemente da mentira, mais uma delas, que uma certa torcida tentou forçar, o Cruzeiro não treme. O Cruzeiro faz tremer. Que continuemos comemorando. Essa equipe fica para a história. Alegremo-nos, pois esta se constrói perante a nossos olhos. A festa pelo hexa continua.