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Quando pensamos em aprender, a escola geralmente é a primeira coisa que vem à mente. Lousa, cadernos, canetas, lição de casa e professores despertam memórias cheias de significado. No entanto, para muitos, essas lembranças nunca se concretizaram na infância. O trabalho precoce, as condições de vida adversas e até abusos tiraram a chance de estudar.
Mesmo com o avanço da educação no Brasil, pessoas idosas ainda enfrentam obstáculos para ingressar ou retornar aos estudos. A distância até a escola, a falta de transporte adequado, limitações físicas, barreiras tecnológicas e até preconceitos sobre a capacidade cognitiva na terceira idade ainda dificultam esse caminho. Felizmente, o cenário tende a mudar.
Prova disso é a história de Iolanda Ribeiro Conti, que aos 91 anos tornou-se caloura do curso de Nutrição da Universidade Guarulhos (UNG), em São Paulo. Natural de Piranguçu, Minas Gerais, ela conquistou uma bolsa integral após concluir o Ensino Médio por meio da EJA e emocionar o país ao participar da Formatura Solidária do Projeto Educare, da própria universidade.
Com brilho nos olhos e uma vontade inspiradora de aprender, Dona Iolanda mostra que determinação e entusiasmo não têm idade. Aos 91 anos, ela prova que o desejo de crescer e conquistar novos horizontes pode florescer em qualquer fase da vida. “Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse viver para sempre”, dizia Mahatma Gandhi – uma frase que reflete com perfeição a sua trajetória inspiradora.
Em seu primeiro dia de aula, ela foi recebida com entusiasmo por veteranos, calouros e docentes, e retribuiu com sua característica simpatia e com sua determinação contagiante. Ao lado da filha, Vera Lúcia Ribeiro Conti, fisioterapeuta e sua maior apoiadora, Iolanda inicia mais uma etapa de sua vida com coragem e propósito.
Histórias como essa evidenciam a relevância da inclusão educacional na terceira idade. Quando recebem oportunidades, os idosos revelam sua capacidade e um admirável entusiasmo por crescer, permanecer ativos e dar importantes contribuições à sociedade. Dona Iolanda é prova viva de que o aprendizado não conhece limites de idade, apenas exige força de vontade, determinação e paixão pela vida. Parabéns, Dona Iolanda!