O Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres de Minas Gerais, receberá um investimento de R$ 500 milhões. A aplicação virá da empresa Sigma Mineração, que produzirá óxido de lítio, matéria-prima para baterias de carros elétricos. A indústria será construída na cidade de Itinga e gerará 300 empregos diretos.
A empresa, que é brasileira, conseguiu licenciamento ambiental do governo de Minas Gerais e poderá começar a investir na região. A produção das baterias de carros elétricos é vista como uma grande oportunidade de negócios, pelo fato da expectativa de que esse tipo de energia renovável domine o mercado automobilístico nos últimos anos. A fabricação dos produtos será possibilitada por uma tecnologia australiana de última geração. A Sigma Mineração espera produzir 220 mil toneladas do concentrado de óxido de lítio por ano.
Sem barragens
A forma de produção da empresa também tranquiliza os mineiros, que vem sofrendo com desastres envolvendo barragens. O processamento do minério do lítio será todo a seco, evitando acumulação de rejeitos em barragens, de forma a proporcionar mais segurança e menos impactos ambientais. Além disso, 90% da água utilizada no processo será reutilizada.
Estimativas indicam que o mercado do lítio evoluirá da produção de 270 mil toneladas de LCE (medida em carbonato de lítio equivalente) para 1,025 milhão de toneladas de LCE dentro de seis anos. Isso se deve a tendência dos carros elétricos que devem se tornar cada vez mais comuns.
Início das obras
A Sigma Mineração projeta a construção da planta industrial em 12 meses. Portanto, espera-se que o início da produção do concentrado de óxido de lítio comecem entre julho e setembro do próximo ano. Inicialmente, o produto será exportado.
As obras para construção da unidade industrial, no Vale do Jequitinhonha, estão previstas para o terceiro trimestre de 2019. A empresa afirmou que pretende priorizar a mão de obra local.