O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), vai se tornar digital a partir de 2020, segundo anunciou o Ministério da Educação nesta quarta-feira (03), em Brasília. A implementação será de forma progressiva, com a fase de teste iniciando em 2020, que acontecerá em 15 capitais do país. Belo Horizonte é uma delas. A intenção é que até 2026 não exista mais as provas em versão impressa.
Na primeira fase piloto, apenas 50 mil candidatos poderão optar, na hora da inscrição, se preferem fazer a prova pelo computador. Esse ano, foram 5 milhões de pessoas inscritas, como base de comparação para a quantidade de pessoas que poderão escolher ou não a versão digital.
Na coletiva de imprensa nesta manhã, o ministro Abraham Weintraub disse que esse formato digital possibilita a utilização de novos recursos nas questões, como vídeos, infográficos e até lógica dos games. Além disso, será possível aplicar o exame em mais municípios e em datas diferentes ao longo do ano, mediante agendamento.
Lançamos, pela manhã, o Enem Digital para 2020. O futuro que se abre vai tornar o exame acessível a mais municípios, com mais opções de datas para realizar as provas, mais seguro e interativo. O Enem Digital será implementado gradualmente e será totalmente digital até 2026.
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) July 3, 2019
Em 2020, haverá três tipos de aplicação: digital, regular e reaplicação. Este último caso, é para aqueles que tiverem algum problema logístico ou de infraestrutura durante a realização da prova digital, tendo direito de refazer a prova, em papel.
Já com data marcada, o Enem 2020 de acordo com o MEC, será aplicado em dois domingos, nos dias 11 e 18 de outubro, no formato digital. Nos dias 01 e 08 de novembro, será aplicado o Enem regular, em papel, aos demais estudantes.
O ministro Abraham Weintraub disse que o exame se tornará mais moderno: “Depois de 100 anos de provas sendo realizadas no papel, a educação brasileira aponta para o futuro e vai abrir processo para fazer o Enem em uma versão digital”, afirma.
Redução de gastos
Para o Enem deste ano, mais de 10,2 milhões de provas serão impressas, superando R$ 500 milhões de custos de aplicação para os mais de 5 milhões de participantes. O governo federal espera economizar consideravelmente com a aplicação da prova em formato digital.