Na noite desta quarta-feira (15), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disparou críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
Em suas colocações, Kalil fez referência ao corte anunciado nos recursos destinado a educação e também à fala de um dos filhos do presidente. Segundo o prefeito, enquanto a confusão ocorre em Brasília, os municípios permanecem sem investimentos para a saúde.
“Calma, gente! Bomba atômica? Tirar dinheiro da educação? Puta que pariu, esse pessoal perdeu a noção. Enquanto isso, os municípios tentam cuidar da fila do SUS…”, escreveu o prefeito em seu perfil oficial no Facebook.
A declaração ocorreu no mesmo dia em que estudantes, professores, servidores públicos e sindicalistas, além de simpatizantes do movimento, saíram às ruas do país para protestar contra o contingenciamento de verbas para as universidades públicas. Somente em Belo Horizonte, cerca de 250 mil pessoas participaram dos atos, de acordo com os organizadores das manifestações.
Quando falou sobre “bomba atômica”, Kalil fez uma clara referência a Eduardo Bolsonaro, que um dia antes do protesto, afirmou que bombas nucleares garantem a paz e o que o Brasil poderia ser mais respeitado internacionalmente caso desenvolvesse tal tecnologia.
A fala de Eduardo Bolsonaro foi feita durante uma palestra aos alunos do curso de Defesa da Escola Superior Guerra. Na oportunidade, o deputado ainda enfatizou que “se tivéssemos um efetivo maior, um poder bélico maior, talvez fôssemos levados mais à sério pelo Maduro ou temidos quem sabe pela China ou pela Rússia”.
O prefeito de Belo Horizonte constantemente vem cobrando verbas para a saúde na capital mineira. De acordo com ele, o sistema da cidade se encontra sufocado com a crescente vinda de pacientes do interior, já que os leitos no estado são insuficientes.
Kalil também dirige constantes cobranças ao governador do estado, Romeu Zema (NOVO), que, segundo reforça o prefeito, permanece em dívida com os municípios.