Fase VIII da Operação Watu foca no manejo de rejeitos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ao longo do Rio Gualaxo

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O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) concluiu relatório da oitava fase da Operação Watu, mecanismo oficial do Sisema para acompanhar as ações da Fundação Renova para reparação dos danos ambientais gerados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana. O documento da fase VIII traz os resultados de uma ação de vistoria em 23 pontos de uma área de 293 hectares ao longo do Rio Gualaxo do Norte, curso d’água que foi soterrado pela passagem da onda de lama em novembro de 2015.

A ação de vistoria da fase VIII inspecionou cinco vertentes específicas:

1) Enriquecimento da vegetação com espécies nativas e monitoramento;
2) Condicionamento do solo, complementação do disciplinamento das drenagens e monitoramento;
3) Reconstituição do substrato e monitoramento da regeneração natural;
4) Monitoramento do ecossistema terrestre já reconstituído;
5) Implementação de medidas de controle da erosão na margem e monitoramento e manutenção.

Entre os principais pontos destacados pela equipe do Sisema, que participou da vistoria nos dias 5 e 6 de novembro, estão a presença de margens instáveis do Gualaxo do Norte e cobertura vegetal nativa ainda incipiente na região afetada das áreas 6, 7 e 8. O relatório traz a informação de que as obras de engenharia estão sendo incorporadas no meio, mas ainda são vistas estruturas como conjuntos de blocos de pedras e cercas feitas de estacas para criar barreiras, mesmo quatro anos depois do desastre. Os técnicos também observaram a necessidade de acelerar duas ações importantes para o reflorestamento das três áreas ao longo do Rio Gualaxo: o cercamento das Áreas de Proteção Permanente (APPs) contra a presença de animais e a implementação das ações de restauração florestal ainda no atual período chuvoso.

De acordo com a Gerência de Recuperação Ambiental Integrada da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), a fase VIII da Operação Watu teve um foco mais direcionado às ações relacionadas ao plano manejo dos rejeitos nas áreas afetadas do Rio Gualaxo, como reflorestamento e outras ações definitivas para recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

Nas etapas anteriores, o foco se voltou mais às questões emergenciais, como as obras de bioengenharia e o plantio do mix de sementes. “De agora em diante vamos verificar, além das ações emergenciais, as ações definitivas de recuperação, principalmente as previstas no plano de manejo”, diz o analista ambiental da Feam, Gilberto Fialho Moreira.

Gilberto explica que os trechos 6, 7 e 8 foram os primeiros que tiveram planos de manejo aprovados pelo Comitê Interfederativo (CIF), e, por isso, as próximas etapas de vistoria das ações também irão focar nessas áreas que já possuem diretrizes gerais para restauração do meio ambiente. O relatório da fase VIII dividiu esses três trechos em dois blocos, sendo que as áreas 6 e 7 ficaram em uma parte do documento e a área 8 em outra. As três têm relação direta com o Rio Gualaxo do Norte.

Para ter acesso ao relatório completo clique aqui.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do Sisema

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