Encerrando a temática do mês de julho, o qual foi contemplado pelas campanhas Julho amarelo e Julho Verde, voltadas para a conscientização sobre o câncer ósseo e de cabeça e pescoço, respectivamente, o presente artigo visa apresentar algo em comum nas duas neoplasias: a presença de fatores de risco.
O termo “fator de risco” é usado para definir aquilo que tem potencial de aumentar a chance de uma pessoa sadia desenvolver uma doença. Os fatores de risco podem ser ambientais, hereditários, culturais ou sociais. Alguns deles são modificáveis, por exemplo, aqueles relacionados aos hábitos do indivíduo como alimentação e alcoolismo; outros não podem ser modificados, como no caso do fator idade ou herança genética.
Um mesmo fator pode ser de risco para várias doenças; o tabagismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco para diversos cânceres, além de doenças cardiovasculares e respiratórias. Pode-se ainda ter vários fatores de risco envolvidos na origem de uma mesma doença, por exemplo, a associação entre álcool e tabaco, está relacionada ao câncer da cavidade oral.
Nas doenças crônicas, como o câncer, as primeiras manifestações podem surgir após passados muitos anos de uma exposição única aos fatores de risco, como no caso das radiações ionizantes ou materiais radioativos como rádio e estrôncio, por exemplo, que podem aumentar o risco do tumor ósseo; ou após exposição contínua ao fator de risco, como no caso da exposição rotineira ao pó de madeira em alguns locais de trabalho, o que atua como um fator de risco para o câncer de nasofaringe.
Contudo, é importante frisar que ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que o indivíduo contrairá a doença. Muitas pessoas que contraem a enfermidade podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido, enquanto outras com vários fatores de risco podem nunca vir a desenvolver a doença. Se uma pessoa com algum tipo de tumor de cabeça e pescoço tem algum fator de risco, é muito difícil estabelecer o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença. Porém, se existe uma chance, ainda que mínima, de não se aumentar a probabilidade do adoecimento deve-se aproveitar, pois como diz a sabedoria popular: “É melhor prevenir do que remediar”.
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