Foi divulgada na tarde desta quinta-feira (27), pesquisa Ibope que revela a insatisfação de uma parcela da população com o governo de Jair Bolsonaro (PSL). A porcentagem aumentou entre abril e junho e é o pior número desde o início de seu mandato.
A avaliação “ruim/péssimo” subiu de 27% em abril para 32% em junho e como “regular” aumentou de 31% para 32%. O percentual que avaliam como “ótimo/bom” caiu de 35% em abril para 32% em junho.
Para “ruim/péssimo”, a variação ficou acima da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. As avaliações de “regular” e “ótimo/bom” ocorremm dentro da margem de erro.
O número de pessoas que não confiam no presidente também cresceu, foi de 45% para 51%. As pessoas que desaprovam sua maneira de governar subiu de 40% para 48%.
Encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o levantamento ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 20 e 23 de junho.
A desaprovação foi maior na área da educação, passando de 44% para 54%. Outras áreas com queda significativa foi o combate ao desemprego, de 49% para 55%, a atuação na área da saúde, de 51% para 56% e a política de impostos, de 56% para 61%.
De nove áreas, em cinco a desaprovação ocila para cima, dentro da margem de erro da pesquisa. Nas outras quatro, cresce acima da margem de erro. Na educação se observa o maior salto, indo de 10% para 54%. Combate ao desemprego, Saúde e Impostos, também tiveram um salto significativo.
Especialista da ONU critica Bolsonaro
Nesta terça-feira (25), em um documento publicado, o relator especial da ONU sobre pobreza extrema e direitos, Philip Alston, criticou duramente o presidente. O texto lista uma série de líderes mundiais que são “um fracasso”, nas palavras do especialista. Bolsonaro é o primeiro da lista. O texto analisa o impacto das mudanças climáticas na faixa mais pobre da população mundial.
Alston escreve “Ainda hoje, muitos países estão dando passos de pouca visão e na direção errada”. E completa “No Brasil, o presidente Bolsonaro prometeu abrir a Floresta Amazônica para a mineração, acabar com a demarcação de terras indígenas e enfraquecer as agências e proteção ambientais.”
Philip Alston também citou o presidente americano, Donald Trump, e o governo chinês, sem citar nomes.