Em setembro deste ano, o Governo Federal lançou um programa para estimular a criação de escolas cívico-militares em todo o país. Em função disso, a então futura Secretária de Educação de Itabirito, Iracema Mapa, compareceu em Brasília, ainda em agosto, para ter mais informações sobre a nova iniciativa da União. “Minha ida foi muito importante para entender o programa e perceber que Itabirito não atende às exigências para ser contemplado”, ressalta Iracema Mapa.
A ideia do Governo Federal é ofertar 216 escolas cívico-militares no país até 2023. De acordo com o Ministério da Educação, professores civis continuarão responsáveis pela sala de aula, e a União oferecerá a estrutura e os profissionais das Forças Armadas, que atuarão em funções administrativas. “Os militares são responsáveis pela gestão da escola, a gestão comportamental. A parte didática continua sendo dos professores”, afirmou Janio Carlos Endo Macedo, secretário de Educação Básica do Ministério da Educação.
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O ministério divulgou que as escolas serão implantadas, preferencialmente, em locais de vulnerabilidade social e baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Uma das exigências para a implantação da Escola Militar, segundo o Governo Federal, é que a cidade tenha uma instituição apenas com o Ensino Fundamental II e Médio. Nossas escolas não estão nos padrões exigidos por eles”, completa a secretária de Educação.
Ainda de acordo com o Ministério da Educação, os interessados terão de indicar duas instituições que poderão receber o projeto-piloto das escolas cívico-militares, a partir do primeiro semestre letivo de 2020. Os colégios devem ter de 500 a mil alunos, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental ou médio.
O ministério também definiu que estados e municípios precisam realizar uma consulta pública sobre a adesão ao programa. “Eu fui até Brasília para conhecer o projeto, pois havia algumas pessoas solicitando a adesão de Itabirito ao programa de escolas cívico-militares. No primeiro momento, a escola do município não pode ser contemplada. Mas, se a iniciativa for ampliada e pudermos participar, a Prefeitura ouvirá a comunidade escolar antes de se candidatar junto ao Governo Federal”, conclui Iracema Mapa.